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Monarquia inglesa

Príncipe Andrew chega a acordo com Virginia Giuffre em processo por agressão sexual

As partes "chegaram a um acordo extrajudicial", escreveu o advogado de Giuffre, David Boies, em uma carta a um juiz de Nova York

Príncipe britânico Andrew, duque de York, em 11 de abril de 2021 em Windsor, Inglaterra e Virginia Giuffre em 22 de outubro de 2019 na cidade de Nova YorkPríncipe britânico Andrew, duque de York, em 11 de abril de 2021 em Windsor, Inglaterra e Virginia Giuffre em 22 de outubro de 2019 na cidade de Nova York - Foto: Steve Parsons, Ben Gabbe / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / POOL / AFP

O príncipe Andrew e a mulher que o processou por agressão sexual, a americana Virginia Giuffre, chegaram a um acordo, segundo documentos judiciais apresentados nesta terça-feira(15). 

As partes "chegaram a um acordo extrajudicial", escreveu o advogado de Giuffre, David Boies, em uma carta a um juiz de Nova York enviada em nome de ambas as partes, sem divulgar os termos financeiros do pacto.

Como parte do acordo, a realeza britânica fará uma "doação substancial" para uma instituição de caridade fundada por Giuffre que apoia vítimas de tráfico sexual, disse Boies. 

Giuffre afirma que fez sexo com Andrew quando ela tinha 17 anos e era menor de idade sob a lei dos EUA, depois de conhecê-lo através do financista americano Jeffrey Epstein, que cometeu suicídio na prisão há dois anos enquanto aguardava julgamento por crimes sexuais. 

O príncipe de 61 anos não foi acusado criminalmente e negou as acusações. 

O acordo significa que o caso civil não irá a um julgamento com júri. Isso também significa que Andrew não será mais interrogado sob juramento pelos advogados de Giuffre.

"As partes apresentarão uma renúncia acordada assim que a sra. Giuffre receber o acordo (cujo valor não é divulgado)", disse o documento. 

"O príncipe Andrew nunca teve a intenção de difamar o caráter de Giuffre e aceita que ela sofreu tanto como vítima de abuso quanto como resultado de ataques públicos injustos", acrescentou. 

"Ele promete demonstrar arrependimento por sua associação com Epstein, apoiando a luta contra os danos do tráfico sexual e suas vítimas". 

No mês passado, Andrew foi destituído de seus títulos militares honorários e funções de caridade depois que o juiz de Nova York Lewis Kaplan negou seu pedido de arquivamento do caso de Giuffre.

Ilha privada

Giuffre, agora com 38 anos, alega que Andrew a agrediu sexualmente na casa de Ghislaine Maxwell, companheira de Epstein e socialite em Londres, depois de uma festa em março de 2001. 

Ela processou o príncipe no ano passado por danos não especificados, alegando que foi vítima de tráfico sexual nas mãos de Epstein e Maxwell. 

Em dezembro, Maxwell foi condenada por recrutar e aliciar menores para abuso sexual por parte de Epstein, expondo um mundo dramático de tráfico sexual entre ricos e poderosos. 

Além de Londres, Giuffre também disse que Andrew a assediou na casa de Epstein em Nova York e na ilha particular de Epstein nas Ilhas Virgens Americanas. 

Andrew, o segundo filho da rainha Elizabeth II, se retirou da vida pública como membro da realeza em 2019, depois de uma entrevista da BBC amplamente criticada, na qual ele tentou se justificar da acusação.

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