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Privacidade e segurança: conheça o condomínio onde morava o médico assassinado

Habitacional fica no quilômetro 13 de Aldeia, em Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife. A reportagem do Portal FolhaPE teve acesso ao local e conversou com alguns vizinhos e funcionários

Imagens aéreas mostram o condomínio onde estava o corpo do médico: arborizado e com privacidade protegidaImagens aéreas mostram o condomínio onde estava o corpo do médico: arborizado e com privacidade protegida - Foto: Arthur de Souza/Folha de Pernambuco

Segurança privilegiada e privacidade preservada. Assim é o Condomínio Torquato Castro, onde mora a família do médico e advogado Denirson Paes da Silva. A cacimba onde foi encontrado o corpo do cardiologista, no terreno da casa, continua com o isolamento feito pela investigação policial e os carros permanecem na garagem. A investigação aponta que o baiano de 54 anos foi assassinado por sua esposa, Jussara Rodrigues Silva Paes, 54, e seu filho primogênito, Danilo Paes, 23.

O habitacional fica no quilômetro 13 de Aldeia, em Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife. A reportagem do Portal FolhaPE teve acesso ao local e conversou com alguns vizinhos e funcionários. Um pedreiro - que pediu para não ser identificado e foi responsável por fazer alguns serviços na residência - declarou que a esposa de Denirson “é uma pessoa difícil, muito exigente. Quase ninguém gostava de trabalhar com ela”.

Os moradores do condomínio ainda estão assustados com o crime, principalmente devido à gravidade. Ainda assim, a situação não atenua a curiosidade de várias pessoas que procuram saber em qual residência ocorreu o caso e pararam no local para fotografar. “Nessa quarta, é que foi uma movimentação arretada aqui. Um monte de gente cercando e a polícia e os bombeiros tentando controlar. Nesta quinta-feira já foi menos”, explica a proprietária de uma das casas.

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O cotidiano do condomínio é bem tranquilo. Ao todo, são 243 lotes, cada um com mil metros quadrados e quase todos com cerca-viva impedindo, inclusive, a visualização de sua parte interna por parte de quem circula na área, tal qual o lote 153, que pertence ao médico assassinado. Inclusive, os três carros dos familiares ainda se encontram estacionados na garagem, algumas janelas abertas e luzes acesas.

Mesmo afastado do Centro e com várias casas fechadas, de modo algum, porém, o local passa a impressão de insegurança. Além de ter rondas de vigilância 24 horas, o acesso ao condomínio não é fácil. É necessária autorização prévia de algum dos moradores ou identificação biométrica na porta de entrada. Ainda existem várias câmeras pelas ruas.

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   Entenda o Caso

O desaparecimento do médico cardiologista Denirson Paes da Silva vinha sendo investigado há quase um mês. Em um Boletim de Ocorrência registrado no último dia 20 de junho sobre o desaparecimento do marido, a farmacêutica Jussara Rodrigues Silva Paes, 54, alegava que a vítima teria viajado para fora do País e que não teria retornado. A delegada Carmem Lúcia desconfiou do envolvimento dos familiares e solicitou um mandado de busca e apreensão no condomínio em que eles moravam.

Para a polícia, há indícios suficientes da participação de mãe e filho na ocultação do cadáver do médico, encontrado nesta quarta-feira (4) dentro de uma cacimba na casa onde morava, no condomínio Torquato Castro, na Estrada de Aldeia, em Camaragibe, Região Metropolitana do Recife. As investigações continuam a fim de esclarecer a motivação e a conduta de cada um.

Vizinhos do médico afirmaram que dois funcionários dele prestaram depoimento. Um deles teria afirmado que a esposa da vítima o chamou dias atrás para fechar, com cimento, uma cacimba que já estaria fechada com uma tampa "bastante pesada para ser carregada por uma pessoa só". O homem teria notado um mau cheiro, mas a farmacêutica alegou que um gato tinha morrido dentro da cacimba.

O segundo funcionário contou à polícia que o médico, pouco antes de desaparecer, tinha explicado a ele que não precisaria mais de seus serviços porque estaria se separando e iria morar no Recife.

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