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Protesto de índios congestiona trânsito na BR-101

Segundo a PRF, a orientação é que os motoristas busquem rotas alternativas, através de ruas próximas, até chegar na Avenida Caxangá ou Abdias de Carvalho

Trânsito provocado pelo protestoTrânsito provocado pelo protesto - Foto: Arthur Mota/Folha de Pernambuco

Um protesto organizado por diversos grupos indígenas causou um longo congestionamento na BR-101, na altura do Hospital das Clínicas e próximo ao Campus da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), no bairro da Cidade Universitária, Zona Oeste do Recife. No terminal de ônibus do Barro, os coletivos em direção a Macaxeira/Várzea não estão circulando. O trânsito foi liberado na rodovia por volta das 10h30. 

Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o protesto aconteceu no quilômetro 67 da via e começou por volta das 7h15. A orientação da PRF é que os motoristas busquem rotas alternativas, através de ruas próximas, até chegar na Avenida Caxangá ou Abdias de Carvalho.

Para liberar a via, os manifestantes aceitaram falar com um representante do Ministério Público Federal (MPF) por telefone. De acordo com o agente da PRF Paulo Arcoverde, os indígenas vão subir o viaduto da área antes da liberação. 

De acordo com a presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Saúde Indígenas, Carmen Pankararu, os protestos ocorrem em todo o País desde o começo da semana. "No dia 18, o ministro da Saúde publicou uma portaria que tirava a autonomia da Secretaria de Saúde Indígena [Sesai] dentro do ministério. Mas também temos outras reivindicações pautadas, como a PEC 241 e o fortalecimento das nossas estruturas de saúde", informou. "Também queremos lembrar o governo sobre a retomada das discussões sobre a demarcação das terras indígenas."

O grupo que reúne 600 indígenas e não indígenas de todos os povos de Pernambuco também pede a renovação de convênios de 12108 trabalhadores ligados a saúde indígena no Brasil. Eles esperam o contato de um representante do Ministério Público Federal ou da Procuradoria Geral da República que estabeleça um canal de diálogo com o governo.

Atualmente a saúde indígena é atendida pelo Ministério da Saúde por meio da Sesai, que controla 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs).

Pressionado por protestos organizados por índios, o ministério revogou a portaria que havia sido baixada apenas no dia 18 de outubro e que retirava a autonomia da Sesai e dos DSEIs, submetendo todas as decisões ao Ministério da Saúde.

Com a portaria, gestores dos DSEIs ficavam impedidos de emitir notas de crédito, realizar despesas, conceder diárias e requisitar passagens e transportes de pacientes.

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