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Protesto paralisa ruas do Centro do Recife

Manifestantes se posicionaram contra a reforma da Previdência e o contingenciamento das verbas na educação na greve geral desta sexta-feira (14)

Greve geral: manifestantes seguem pela Conde da Boa VistaGreve geral: manifestantes seguem pela Conde da Boa Vista - Foto: Ed Machado/Folha de Pernambuco

Manifestações contra a reforma da Previdência paralisaram as ruas do Centro do Recife nesta sexta-feira (14). Unindo mais de 20 categorias com membros da sociedade civil, os organizadores estimam que cerca de 120 mil pessoas fizeram o trajeto da Avenida Guararapes até a Praça do Derby em adesão à greve geral.

Dentre os grupos participantes estiveram centrais sindicais, partidos políticos, representantes LGBTQ+, bancários, a União Nacional dos Estudantes, metalúrgicos, profissionais de segurança, trabalhadores dos Correios, entre outros.

Em meio a pedidos de investimentos na educação, maior número de empregos e o fim da privatização de empresas públicas, a classe dos metroviários foi uma das que paralisou as atividades. Os profissionais também cruzaram os braços na Ponte Duarte Coelho contra as mudanças em vista para a categoria.

De acordo com o presidente do Sindicato de Metroviários, Adalberto Afonso Ferreira, o corte de verbas nas ferrovias é grande. “O metrô reduziu o orçamento em 50% esse ano, e redução da segurança foi de 65 para 45 no número de profissionais armados nas plataformas. Se já era precário, ficou pior.” De acordo com ele, a reforma é um ataque à democracia e o projeto não os interessa. “Só interessa a 2% da população. Os demais segmentos apoiam esse projeto achando que vão se inserir nesse jogo de interesses, mas estão equivocados.”

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O ato de dimensão nacional teve como eixo a reforma da Previdência, mas as reivindicações não se resumiram a isso. O diretor de políticas educacionais da União dos Estudantes de Pernambuco, Emanuel George, garante que mesmo com a suspensão do corte de verbas em universidades federais, o movimento continua. "Isso só mostra a força do movimento estudantil. Unidos, conseguimos derrubar os cortes nas verbas de funcionamento. O foco agora é a reforma da Previdência, que prejudica diversos grupos, sobretudo a juventude."

Em unanimidade, a multidão decidiu que não deseja negociar os pontos revistos no texto da reforma, mas sim a revogação completa. “Nossa luta é muito mais ampla do que isso. É contra um projeto de reformas extremamente danosas para a massa trabalhadora e a sociedade em geral”, conclui o presidente do Sindicato de Metroviários.

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