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GREVE DOS RODOVIÁRIOS

Quantidade de passageiros aumenta nos terminais de ônibus no segundo dia de greve na RMR

Reportagem da Folha de Pernambuco percorreu Olinda e Paulista, nesta quinta-feira (27)

Movimentação no TI Pelópidas em segundo dia de greveMovimentação no TI Pelópidas em segundo dia de greve - Foto: Arthur Mota/Folha de Pernambuco

A greve dos rodoviários já chega ao segundo dia na Região Metropolitana do Recife (RMR), e a quantidade de usuários do transporte público só aumenta nas paradas de ônibus.

A reportagem da Folha de Pernambuco percorreu Olinda e Paulista, nesta quinta-feira (27), para ver a movimentação nos terminais de ônibus.

Pela manhã, cerca de 18 coletivos tiveram os pneus esvaziados, na PE-15, em Olinda, e ficaram enfileirados na rodovia.

Veja o vídeo

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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No TI PE-15, em Olinda, dona Jemima (foto abaixo), 45 anos, profissional de serviços gerais, relatou que esperou por um transporte da linha TI PE-15/TI Rio Doce por mais de 40 minutos. Em dias normais, segundo ela, o coletivo chega à parada em 10 minutos. No momento da entrevista, um veículo chegou ao local, mas ela não embarcou. O motivo é aquele de sempre: ônibus muito lotado.

"Esse [ônibus] aí está parecendo uma lata de sardinha. Daqui eu vou pro meu trabalho. Estou super atrasada. O tempo de espera hoje triplicou. Isso é um absurdo", reclamou.

Jemima, 45 anos, profissional de serviços gerais
O copeiro Mario, de 55 anos, trabalha em uma faculdade, no bairro de Jardim Brasil II. Ele já estava atrasado para chegar ao estabelecimento, à espera do TI Xambá/TI PE-15, em quase uma hora.

"Eu já avisei a minha chefia. O trabalho não forneceu transporte, aí eu tive que esperar o ônibus mesmo", disse.

Após enfrentar uma longa fila e mais de uma hora, no TI Pelópidas Silveira, em Paulista, Maurício Santos finalmente conseguiu pegar um ônibus para ir ao trabalho. Ele é vendedor e faz um contraponto de dias normais e esse período especial de greve.

"Está difícil. Geralmente eu passo 10 ou 15 minutos para poder pegar um ônibus, mas hoje demorou muito. Essa greve afeta o dia do trabalhador. Eu mesmo estou atrasado. Já é mais de uma hora de atraso e eu não chego no trabalho", destacou.

A usuária Lêda Maria (foto abaixo) considerou a movimentação de hoje normal. Ela estava se dirigindo para o bairro do Paissandu, na área central do Recife, para uma consulta médica. Enquanto esperava o TI Pelópidas/TI Joana Bezerra, ela disse à reportagem que o motivo para não perder o ônibus foi ter saído com mais antecedência de casa.

"Até agora eu não tive problema nenhum. Consegui pegar o ônibus em Cruz de Rebouças tranquilamente, aliás, vem um atrás do outro. Para mim está tranquilo, graças a Deus. Sem dificuldade", relatou.

Lêda Maria aguarda ônibus para ir ao médico, no Paissandu

Motorista fala com exclusividade

Um motorista de ônibus, que não quis se identificar, falou com a reportagem da Folha de Pernambuco. Ele atua há 18 anos no ramo e foi impedido pela empresa que trabalha de adedir à greve, por ameaça de demissão.

"O direito de greve está na Constituição. A categoria está lutando pelos direitos. Eu concordo com a greve para que a gente tenha reajuste de salário, porque as coisas estão difíceis. Precisamos pagar nossas contas", desabafou.

Quanto ao fato do esvaziamento de pneus de ônibus, como foi citado no começo desta reportagem, o profissional opina.

"Que a greve seja feita, mas por meios legais. Eu discordo com essa prática de quebrar carros e fazer vandalismo. Isso aí está totalmente fora de cogitação", concluiu.

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