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Que tal Ana Arraes na vice de Alckmin?

A aliança de Geraldo Alckmin com o PSB começou na eleição para o governo de São Paulo em 2014

Atual secretário de Saneamento do Recife, quando deputado estadual, em 2009, transformou o Galo em Patrimônio Cultural  e Imaterial de PernambucoAtual secretário de Saneamento do Recife, quando deputado estadual, em 2009, transformou o Galo em Patrimônio Cultural e Imaterial de Pernambuco - Foto: Clemilson Campos/Arquivo Folha

Todo mundo sabe que ainda é cedo para se falar em candidatos à Presidência da República em 2018. Mas todo mundo também sabe que, no Brasil, quando termina uma eleição começa a seguinte, e que não se improvisa candidato ao mais alto cargo executivo da República. Os partidos precisam de tempo para maturar os seus candidatos, que por sua vez precisam se tornar conhecidos pelos eleitores para negociar alianças à formação da chapa. É o que Geraldo Alckmin está fazendo. Governador pela quarta vez do Estado de São Paulo, ele já está em pré-campanha para presidente e dois em cada três tucanos acham que a bola da vez no PSDB é ele, e não mais Aécio Neves. Como a aliança preferencial do governador é com o PSB (já foi assim em SP em 2014), já se admite que Ana Arraes poderia ser o vice dele por duas razões: é do Nordeste, onde o PSDB é frágil, filha de Arraes e daria à chapa uma tintura de centro-esquerda.

A aliança de Geraldo Alckmin com o PSB começou na eleição para o governo de São Paulo em 2014

Geraldo Alckmin versus Ciro Gomes
Caso se consolide no PSDB como candidato à sucessão de Temer, Alckmin deverá atrair para o seu palanque a grande maioria dos partidos que ora sustentam o presidente da República. No cenário de hoje, seu principal opositor seria o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), que tenta formar uma frente de centro-esquerda com os partidos que fazem oposição ao atual governo. O prefeito José Queiroz (Caruaru) está nesse projeto.

Avanço > Sob a presidência do pernambucano Carlos Siqueira, o PSB venceu as eleições nas duas maiores cidades do interior de SP, ambas com mais de 1 milhão de habitantes: Campinas (Jonas Donizette) e Guarulhos (Guti). Donizette obteve no 1º turno 65% dos votos válidos e Guti, no 2º, 83,50%.
A língua > Ciro Gomes pode se tornar forte candidato a presidente em 2018 se a língua não atrapalhar. Mas já está chamando o prefeito eleito de SP, João Dória (PSDB), de “playboy descompromissado”.
Nulos > Caruaru foi a terceira cidade do Brasil com menos votos nulos no 2º turno, perdendo apenas para Maringá (PR) e São Luís (MA). Em seguida vieram Volta Redonda (RJ) e Macapá (AP).
Descanso > O ex-governador João Lyra Neto vai tirar umas férias neste final de ano para curtir as filhas e os netos, após ter ficado 90 dias em Caruaru, sem descanso, na campanha de Raquel (PSDB) à prefeitura.
Promessas > Cleiton Collins (PP) prometeu a Raquel Lyra (PSDB) que gravaria um depoimento para o horário político dela, em Caruaru, mas acabou gravando para Tony Gel (PMDB). Já o deputado, também evangélico, Ossésio Silva (PRB), acertou com a tucana e honrou o compromisso.
Início > Antonio Campos vai iniciar sua campanha para a Câmara Federal em 2018 procurando os “históricos” do PSB que eram ligados ao seu avô, Miguel Arraes, muitos dos quais foram “esmagados” nessas eleições por neoaliados do atual governo. Um deles foi Antonio João Dourado (PSB), em Lajedo.
Feridas > Até os mais otimistas socialistas admitem que o PSB pernambucano era um, antes da eleição de Olinda, e será outro completamente diferente após a derrota de Antonio Campos. O fato de o advogado ter relembrado a atuação dos deputados Jarbas Vasconcelos (PMDB) e André de Paula (PSD) contra seu irmão, Eduardo, no doloroso episódio dos precatórios, vai reabrir feridas na Frente Popular que aparentemente estavam cicatrizadas.

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