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Recife tem protestos nas avenidas Caxangá e Cruz Cabugá

Atos são contra reformas trabalhistas, previdenciárias e contra a PEC que congela os investimentos em Saúde e Educação

Madalena (E),?Carol,?Rose, Raíra e Marcelle: juntas para dar voz e força às mulheres negrasMadalena (E),?Carol,?Rose, Raíra e Marcelle: juntas para dar voz e força às mulheres negras - Foto: Arthur de Souza

Manifestantes do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol-PE), do Sindicato dos Telefônicos (Sintel), do Sindicato dos Aeroportuários, e as Centrais Sindicais CUT e Intersindicais fecharam a avenida Cruz Cabugá na manhã desta sexta-feira (25), em protesto contra reformas trabalhistas e previdenciárias propostas pelo Governo Federal. O ato faz parte do Dia Nacional de Lutas, que acontece em todo o país. A via já foi liberada.

O ato contou com a participação de poucos manifestantes, porque foi apenas uma ação de conscientização aos trabalhadores, de acordo com o presidente do Sinpol. A concentração principal dos trabalhadores está marcada para as 15h, na praça do Derby, na região central do Recife, quando os manifestantes sairão em passeata até o Palácio do Governo. "Contra essas PECs da maldade que congela o salário, que aumenta a idade da Previdência com a reforma da Previdência, que tira os direitos dos trabalhadores, com a reforma da CLT proposta por temer. É uma coisa que vai durar por 20 anos, que vai congelar os recursos", explica.

Ainda durante o protesto na avenida Cruz Cabugá, um carro tentou furar o bloqueio. O motorista alegava ser policial, mas foi barrado pelos manifestantes. Um jovem também tentou realizar assaltos no local, mas foi rendido pela polícia.

Manifestantes também fecharam as vias embaixo a avenida Caxangá, embaixo do Viaduto. Pouco depois das 8h, eles continuavam interditando a via no sentido Camaragibe. No sentido Centro, motos passavam tranquilamente. Ônibus continuavam parados nos dois sentidos. Os manifestantes atearam fogo nas vias, que já foram apagado pelos Bombeiros, por volta das 8h15.

De acordo com o coordenador do Movimento de Lutas no Bairros, Vilas e Favelas (MLB), Kleber Santos, os protesto começou por volta das 6h30, reunindo também manifestantes do MTST e outros movimentos. "Estão querendo botar a crise, que é dos ricos, que é dos capitalistas, nas costas dos trabalhadores, do povo pobre, e nós não vamos admitir isso."

O protesto não tem hora para acabar e policiais do 12°BPM estão acompanhando o protesto. Eles disseram que vão acompanhar enquanto o ato for pacífico. Por volta das 8h20 as vias começaram a ser limpas e o sentido centro começou a ser liberado. Às 8h30, os ônibus sentido centro já circulavam normalmente. De acordo com o coordenador do MTST, Severino Alves, que estava no ato, a ocupação das ruas é só um recado de que o povo vai resistir contra a retirada de direitos trabalhistas. 

O motorista de ônibus Edmilson da Silva, 43, foi um dos que acompanhou o manifestação com tranquilidade e teve um posicionamento mais definido. "Alguém tem que lutar. Se ganham, ganhamos todos. Se perdem, também perdemos. E sei que sem luta não há vitória."

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