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Vacina

Rede pede que Lewandowski dê 72 horas para a Anvisa aprovar o uso emergencial da Coronavac

O pedido de uso emergencial da Coronavac no Brasil foi feito à Anvisa na quinta (7) pelo Instituto Butantan, que fabrica no Brasil o fármaco

CoronavacCoronavac - Foto: Governo de São Paulo

 A Rede Sustentabilidade protocolou ação no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprove o pedido de uso emergencial da vacina Coronavac, de prevenção à Covid-19, em 72 horas.
A solicitação foi enviada ao ministro Ricardo Lewandowski, que na sexta (8) concedeu uma liminar (decisão de caráter provisório) para impedir que o governo federal requisite seringas, agulhas e outros insumos do governo de São Paulo destinados ao plano estadual de vacinação contra o novo coronavírus.

O pedido de uso emergencial da Coronavac no Brasil foi feito à Anvisa na quinta (7) pelo Instituto Butantan, que fabrica no Brasil o fármaco desenvolvido pela farmacêutica chinesa Sinovac. A agência fixou prazo de dez dias para avaliar o pedido. A Rede consultou a procuradoria do estado de SP, que forneceu informações à agremiação.

O documento ainda solicita que a Anvisa apresente o atual estágio procedimental do registro emergencial das vacinas Coronavac e CoviShield, solicitadas, respectivamente, pelo Instituto Butantan e pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), demonstrando, de forma comparativa, a documentação solicitada e apresentada para os dois processos, para assegurar total transparência do procedimento.


A Coronavac teve uma eficácia de 78% a 100% nos estudos finais realizados no Brasil. O índice se aplica à prevenção de casos leves da doença. Entre os voluntários vacinados que se contaminaram, não houve nenhum caso moderado, grave, morte ou internação necessária.

A vacina da Sinovac produzida pelo Butantan esteve nos últimos meses no centro de uma guerra política entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o governador paulista, João Doria (PSDB), que são adversários para a eleição de 2022. Em outubro, o Ministério da Saúde chegou a divulgar que compraria 46 milhões de doses da Coronavac, mas recuou após interferência do presidente. "Não será comprada", disse Bolsonaro, sobre o que chamou de "vacina chinesa do João Doria".

O imunizante voltou a ser citado no plano nacional de vacinação contra a Covid-19 no fim de dezembro. Ao fazer o anúncio, Pazuello afirmou ainda que toda a produção do Butantan será incorporada ao PNI (Plano Nacional de Imunização). O governo paulista já anunciou que pretende iniciar uma campanha de vacinação no estado com o imunizante no dia 25 de janeiro.

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