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Representante da ONU manifesta preocupação com aumento da violência na Colômbia

Massieu elogiou a abordagem do governo de Gustavo Petro, comprometido com "a paz total"

Fronteira entre Venezuela e ColômbiaFronteira entre Venezuela e Colômbia - Foto: Schineyderm / AFP

O chefe da missão da ONU para a verificação dos Acordos de Paz na Colômbia manifestou nesta quarta-feira (12), perante o Conselho de Segurança da organização, preocupação com o aumento da violência contra ex-combatentes que depuseram as armas e lideranças camponesas.

"A violência persistente contra os ex-combatentes é preocupante", expressou Carlos Ruiz Massieu, representante do secretário-geral da ONU, António Guterres, para a verificação dos acordos. Cinco deles foram assassinados apenas nos últimos dias, mencionou.

A violência também afeta lideranças camponesas e requerentes de terras, "à medida que avança a aplicação da reforma rural", alertou Massieu.

Após pedir ao governo colombiano para "fazer muito mais para proteger" esses grupos, o representante lhe pediu que cumpra a promessa de nomear um funcionário do alto escalão para supervisionar a aplicação do Acordo de Paz Final, assinado em 2016.

Massieu elogiou a abordagem do governo de Gustavo Petro, comprometido com "a paz total", que se concentra na "sustentabilidade, na reintegração baseada na comunidade, com ênfase na reconciliação, no acesso à terra e no empoderamento das mulheres e nas questões de gênero".

Na sessão trimestral, que contou com a participação do chanceler Álvaro Leyva Durán e da líder da sociedade civil Diana Salcedo, o Conselho de Segurança analisou o relatório que Guterres apresenta a cada três meses sobre os avanços na implementação dos acordos e as preocupações da ONU.

Em carta enviada em fevereiro, Durán informou o Conselho de Segurança sobre os esforços de diálogo do governo Petro com cinco grupos armados e mencionou a intenção do governo colombiano de solicitar a verificação desses processos pela ONU.

Em carta datada de 13 de junho, Guterres propôs duas opções para ampliar a missão de verificação na Colômbia, composta por 120 observadores. A ampliação precisa ser autorizada pelo Conselho de Segurança, o que não deve ser difícil.

A China, que havia expressado dúvida em negociações anteriores sobre a ampliação do mandato da missão, mostrou-se favorável hoje: "Acreditamos que ajudará a consolidar o momento positivo" das negociações de paz.

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