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TITAN

Restos humanos recuperados nos destroços do submarino serão analisados por médicos nos EUA

Submersível implodiu durante viagem ao local do naufrágio do Titanic na semana passada; cinco pessoas morreram

The Titan's nose cone was recovered from the sea floor, and handed over to investigators Wednesday in St. John's. The Titan's nose cone was recovered from the sea floor, and handed over to investigators Wednesday in St. John's.  - Foto: Paul Pickett / CBC News

Possíveis restos humanos encontrados em meio aos destroços do submarino Titan serão levados para os Estados Unidos, onde serão analisados por médicos. Eles “realizarão uma análise formal de supostos restos humanos que foram cuidadosamente recuperados nos destroços no local do incidente”, disse a Guarda Costeira americana em um comunicado. Na noite de quarta-feira (28), grandes partes do submersível foram retiradas do fundo do mar, a 3.810 metros de profundidade e a cerca de 488 metros do Titanic. Todos os cinco tripulantes do submersível foram dados como mortos, após as autoridades concluirem que o veículo implodiu em meio a uma viagem rumo ao maior naufrágio do mundo.

Os destroços foram descarregados nesta quarta-feira em um piér da Guarda Costeira canadense em St. John's, na Terra Nova. Imagens da Canadian Press mostraram o que parecia ser um pedaço do revestimento do casco e outros detritos sendo retirados do Horizon Arctic, uma embarcação que levou um veículo operado remotamente para procurar o submersível no fundo do oceano.

Os destroços serão levados para um porto dos EUA, onde o Conselho de Investigação da Marinha fará mais análises e testes. Em comunicado, a Pelagic Research Services, que liderou o esforço de recuperação em alto mar, disse ter “concluído com sucesso as operações offshore” e estar em processo de desmobilização, que marca o fim da missão e o retorno à base de operações.

"Terminamos nossas [atividades] offshore e estamos desmobilizando a operação e devolvendo o equipamento aos seus entes queridos" disse à AFP o porta-voz da empresa, Jeff Mahoney, acrescentando que estava voltando à sede da empresa em Nova York.

Segundo Mahoney, a busca e a recuperação dos destroços foram "uma operação extremamente arriscada".

"Foi extremamente exigente e desgastante para a equipe que trabalhou dia e noite quase sem dormir todo este tempo, durante 10 dias. Foi um processo muito significativo" sublinhou.

O Titan foi considerado desaparecido no dia 18 de junho, e a Guarda Costeira anunciou na quinta-feira (22) que as cinco pessoas a bordo do submersível morreram depois que a embarcação sofreu uma implosão catastrófica.

Um campo de destroços foi encontrado no fundo do mar, na semana passada, a 500 metros da proa do Titanic, que está a quase 4 km de profundidade e 600 km da costa de Terra Nova, Canadá.

O cargueiro Polar Prince, de bandeira canadense, rebocou o Titan para o mar no fim de semana anterior, mas perdeu contato com o submersível 1h45 após iniciada a descida para a área de naufrágio do Titanic.

O anúncio da implosão, na quinta passada, encerrou uma operação multinacional de busca e resgate que chamou a atenção do mundo desde o desaparecimento da embarcação turística.

Órgãos dos Estados Unidos, Canadá, França e Reino Unido vão participar de investigações sobre o incidente que resultou na implosão do submarino Titan, da empresa OceanGate, na semana passada. Um relatório final será enviado à Organização Marítima Internacional e a outros grupos.

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