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RESULTADO DE NEGOCIAÇÃO

Rússia anuncia nova troca de prisioneiros com Ucrânia

Em junho, os países concordaram em liberar todos os seus prisioneiros de guerra jovens ou feridos

Prisioneiros de guerra russos (POWs)Prisioneiros de guerra russos (POWs) - Foto: Ministério da Defesa da Rússia / AFP

A Rússia anunciou, nesta sexta-feira (4), que efetuou uma nova troca de prisioneiros de guerra com a Ucrânia, como parte de um acordo anunciado no início de junho em negociações diretas em Istambul.

"Em 4 de julho, um novo grupo de soldados russos voltou do território controlado pelo regime de Kiev", informou o Ministério da Defesa de Moscou em um comunicado, sem revelar o número de militares libertados.

A troca foi confirmada pelo presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, que destacou que Kiev recuperou militares, a maioria detidos pelos russos "desde 2022". Ele disse que também havia civis no contingente.

Em 2 de junho, Kiev e Moscou concordaram em liberar todos os seus prisioneiros de guerra jovens ou feridos, além de devolver os restos mortais dos combatentes falecidos.
 

Este foi o único resultado concreto das negociações organizadas em Istambul por iniciativa dos Estados Unidos e com mediação turca.

As conversações não resultaram em avanços para uma trégua ou o fim definitivo das hostilidades.

A Rússia, que iniciou a campanha militar na Ucrânia em fevereiro de 2022, exige, para acabar com o conflito, que a Ucrânia ceda quatro regiões - Kherson, Zaporizhzhia, Donetsk e Luhansk -, além da península da Crimeia, anexada por Moscou em 2014.

Moscou também exige que Kiev desista do projeto de adesão à Otan. As condições são consideradas inaceitáveis pela Ucrânia.

Nesta sexta-feira, o Kremlin enfatizou que, neste momento, "não é possível" alcançar os objetivos estabelecidos na Ucrânia pela via diplomática, razão pela qual continuará com "a operação militar especial", segundo o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov.

O porta-voz fez o comentário um dia após uma conversa telefônica entre o presidente americano Donald Trump e seu homólogo russo Vladimir Putin. O primeiro reconheceu que não obteve avanços para encerrar o conflito.

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