Dom, 07 de Dezembro

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Rússia classifica de "completo fracasso político e diplomático" visita de Zelensky a Washington

Porta-voz do governo russo acusou Zelensky de ser "incapaz de demonstrar senso de responsabilidade"

O presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr ZelenskyO presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky - Foto: Saul Loeb / AFP

A Rússia afirmou neste sábado (1º) que a visita de Volodimir Zelensky a Washington foi um "completo fracasso" após o bate-boca com Donald Trump, e acusou o dirigente ucraniano de estar "obcecado em continuar a guerra" com Moscou.

A visita "é um completo fracasso político e diplomático do regime de Kiev", afirmou a porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova, em comunicado.

A porta-voz acusou Zelensky de ser "incapaz de demonstrar senso de responsabilidade", de "rechaçar a paz" e fazer uso de "mentiras e manipulações para justificar a continuidade das hostilidades e o recebimento da ajuda militar e financeira do Ocidente".

Altercação verbal

A visita de Zelensky a Washington na sexta-feira se transformou em uma altercação verbal diante das câmeras de todo o mundo, quando o presidente americano Donald Trump e o vice J.D. Vance acusaram o dirigente ucraniano de não agradecer a ajuda dos Estados Unidos e de rejeitar as conversas de paz.

Zelensky acabou saindo da Casa Branca prematuramente, sem firmar o acordo que motivou sua ida a Washington para ceder a exploração dos recursos minerais ucranianos em troca de garantias de segurança.

"Com seu comportamento excessivamente grosseiro durante sua visita a Washington, Zelensky confirmou que é a ameaça mais perigosa para a comunidade internacional como um belicista irresponsável", afirmou Zakharova.

Também acusou os dirigentes europeus de "debilidade política" e "pequenez" por terem apoiado Zelensky diante da "lição de moral" que recebeu em Washington.

Objetivos de Moscou na Ucrânia

Zakharova reiterou que os objetivos de Moscou na Ucrânia, que passam pela "desmilitarização" e a "desnazificação" do país e "o reconhecimento das realidades existentes no terreno", permaneciam "sem mudanças".

A Rússia, que lançou sua operação contra a Ucrânia em fevereiro de 2022, reivindica principalmente que a Ucrânia ceda quatro províncias do leste e do sul do país, além da península da Crimeia anexada em 2014, bem como sua renúncia a integrar a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Condições inaceitáveis, segundo Kiev.

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