Operação Themis

Servidores do TJPE são presos por peculato e lavagem de dinheiro em operação nesta quinta (25)

Envolvidos estariam relacionados à falsificação e expedição indevida de alvarás

Entre os itens apreendidos estão colares, brincos, relógios e bolsasEntre os itens apreendidos estão colares, brincos, relógios e bolsas - Foto: PCPE/Divulgação

Servidores do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) são alvos de operação da Polícia Civil do Estado (PCPE), nesta quinta-feira (25), que investiga lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, peculato e comunicação falsa de crime.

Estão sendo cumpridos seis mandados de prisão e nove de busca e apreensão domiciliar, além de sequestro de bens e bloqueio judicial de ativos financeiros nas cidades de Recife; Gravatá e Sairé, no Agreste; Afogados da Ingazeira e Iguaracy, no Sertão.

Entre os presos na Operação Themis estão servidores do Poder Judiciário que estariam relacionados à falsificação e expedição indevida de alvarás. Segundo o TJPE, dois dos envolvidos já estão com decisão administrativa de demissão.

"Tão logo cientificada dos supostos desvios praticados à época pelos servidores, a Corregedoria Geral de Justiça estadual direcionou o caso à Divisão de Investigação e Apuração do TJPE, que, após aprofundamento das investigações e diante de provas contundentes de ilícitos penais, articulou o direcionamento do caso ao Dracco, objetivando representação por Medidas Cautelares de Urgência", afirmou o TJPE.

Entre os itens apreendidos estão colares, brincos, relógios e bolsas. Os materiais e os alvos da operação estão sendo encaminhados ao Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), no Recife.

A investigação para desarticular a organização criminosa foi iniciada em outubro de 2023 e está sob a responsabilidade do delegado Breno Maia, titular da 1ª Delegacia de Combate à Corrupção.

Os mandados foram expedidos pelo juízo da vara dos crimes contra a administração pública e a ordem tributária da capital. Atuam na Operação Themis 65 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães.

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As investigações foram assessoradas pela Diretoria de Inteligência da Polícia Civil de Pernambuco e pelo Laboratório de Tecnologia contra a Lavagem de Dinheiro, com apoio operacional do Comando de Operações e Recursos Especiais, do Tribunal de Justiça de Pernambuco e da Polícia Civil do Estado da Paraíba.

A PCPE realizará uma coletiva de imprensa ainda nesta manhã para detalhar operação.

Confira o que diz o TJPE:
"O Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco (TJPE) informa que na manhã desta quinta-feira (25/4), foi deflagrada pelo Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (DRACCO) da Polícia Civil de Pernambuco uma Operação de Repressão Qualificada com o fim de desarticular organização criminosa voltada à prática dos crimes de peculato, falsidade ideológica, comunicação falsa de crime e lavagem de dinheiro no âmbito do Poder Judiciário.

Na ação, estão sendo cumpridos Mandados de Prisão, de Busca e Apreensão Domiciliar, Sequestro de Bens e Bloqueio Judicial de Ativos Financeiros, todos expedidos pelo Juízo da Vara dos Crimes contra a Administração Pública e a Ordem Tributária da Capital, existindo dentre os presos servidores do Poder Judiciário que estariam relacionados à falsificação e à expedição indevidas de alvarás Dois desses servidores já estão com decisão administrativa de demissão.

Tão logo cientificada dos supostos desvios praticados à época pelos servidores, a Corregedoria Geral de Justiça estadual direcionou o caso à Divisão de Investigação e Apuração do TJPE, que, após aprofundamento das investigações e diante de provas contundentes de ilícitos penais, articulou o direcionamento do caso ao DRACCO, objetivando representação por Medidas Cautelares de Urgência.

Maiores detalhes da referida operação deverão ser divulgados pela Polícia Civil em momento oportuno".

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