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Soldados da Ucrânia vibram com vitória da seleção em disputa por vaga na Copa do Catar

Equipe supera a Escócia por 3 a 1 pelos playoffs das Eliminatórias e encara o País de Gales

Soldados ucranianos assistindo ao jogo Soldados ucranianos assistindo ao jogo  - Foto: Reprodução/Vídeo

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Soldados da Ucrânia assistiram à vitória da seleção do país por 3 a 1 sobre a Escócia pela repescagem das Eliminatórias europeias para a Copa do Mundo do Catar. Eles acompanharam a partida diretamente de um dos fronts de batalha, mas em bunker, localizado na cidade de Kharkiv, uma das mais atingidas pelo conflito até aqui.

Nas imagens, eles aparecem comemorando um dos gols da equipe, visto na tela de um aparelho celular, em meio a diversos itens usados na guerra, como fuzis, e trajados com o uniforme do exército local.

O jogo
O sonho da vaga na Copa para dar alegria ao seu povo, expressado de forma emocionante por Zinchenko na véspera do jogo com a Escócia, está mais próximo.

No primeiro jogo oficial da seleção após a invasão russa, a vitória por 3 a 1 classificou o time do Leste Europeu ao jogo decisivo por uma vaga no Mundial. Domingo, contra País de Gales, o verde dará lugar ao amarelo e azul como as cores da esperança.

— Todos nós entendemos que o jogo com País de Gales não será mais sobre condição física ou tática. Será um jogo de sobrevivência. Todos vão lutar até o fim e dar tudo de si, porque vamos jogar pelo nosso país — afirmou Zinchenko.

Os dois primeiros gols ucranianos foram de Yarmolenko, meia do West Ham-ING, e Yaremchuk, atacante do Benfica-POR. Uma dupla que, apesar de atuar fora da Ucrânia, sentiu de perto o sofrimento de seu país.

O autor do primeiro, por ironia do destino, é nascido na Rússia. Filho de ucranianos, mudou-se ainda aos três anos e se naturalizou. Por isso, quando o conflito estourou, não teve dúvidas de qual atitude tomar.

O posicionamento de Yarmolenko em relação à guerra vai muito além das postagens em redes sociais. Ele enviou dinheiro para as Forças Armadas da Ucrânia e ainda doou equipamentos para a cidade onde cresceu (Chernihiv). Além disso, viajou para a fronteira do país para resgatar sua mulher e filha, que fugiram após a invasão. O meia do West Ham também ajudou a resgatar os sogros de Yaremchuk, que viviam na mesma cidade.

— Os pais da minha esposa ficaram em Chernihiv por muito tempo. Se não me engano, ficaram 43 dias lá. Nós ajudamos através de voluntários, mas conseguíamos levar apenas pão, garrafa d'água. A situação era crítica, e eu não sabia o que fazer. Virei-me para Andriy Yarmolenko, sabendo que ele era de Chernihiv, e pedi: ‘Ajude-me o máximo que puder, por favor’. Ele respondeu ao meu pedido e dois dias depois eles (os sogros) foram levados — contou na ocasião Yaremchuk, que no primeiro dia de invasão exibiu camisa com um símbolo nacional ucraniano ao marcar pelo Benfica um gol sobre o Ajax-HOL.

A Escócia até tentou reagir. Descontou com McGregor e teve chances de empatar. Mas o gol de Dovbyk, que entrou já na reta final, decretou a vaga.

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