Dom, 07 de Dezembro

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Suprema Corte britânica impede Cuba de recorrer em caso contra fundo de investimentos CRF

De acordo com a máxima Corte, decisão se baseia no fato de que o pedido de apelação "não levanta uma questão de direito discutível ou uma questão de direito de importância pública geral"

Sede do Banco Nacional de Cuba, em HavanaSede do Banco Nacional de Cuba, em Havana - Foto: Reprodução / Redes sociais

A Suprema Corte britânica negou ao Banco Nacional de Cuba (BNC) a permissão para recorrer de uma decisão favorável ao fundo especulativo CRF sobre empréstimos não pagos do banco da ilha, em uma decisão anunciada nesta segunda-feira (7).

"A permissão para apelar foi negada", disse um porta-voz da Suprema Corte à AFP nesta segunda-feira.

De acordo com a máxima corte britânica, esta decisão se baseia no fato de que o pedido de apelação "não levanta uma questão de direito discutível ou uma questão de direito de importância pública geral".

Em 19 de novembro, o Tribunal de Apelações de Londres rejeitou um recurso do BNC que contestava uma decisão da Alta Corte de Londres em favor do CRF, que Cuba considera um "fundo abutre".

A Alta Corte de Londres decidiu, em abril de 2023, que o CRF havia adquirido legitimamente uma dívida não paga do BNC.

O fundo de investimentos, sediado nas Ilhas Cayman, foi financiado no mercado secundário com empréstimos que totalizavam US$ 78 milhões (R$ 450 milhões, na cotação atual), contraídos pelo BNC na década de 1980 com dois bancos europeus (Credit Lyonnais Bank Nederland e Istituto Bancario Italiano).

"Isso marca uma vitória decisiva e conclusiva na fase jurisdicional. O máximo tribunal do Reino Unido agora confirmou o que dissemos o tempo todo: o CRF é o credor legítimo, e Cuba não tem mais motivos para contestar isso", disse David Charters, presidente do CRF, em uma declaração nesta segunda-feira.

Embora a dívida original tenha sido contraída pelo Banco Nacional de Cuba (BNC) com essas duas entidades, em 2019 foi adquirida pelo banco chinês ICBC Standard Bank, do qual o fundo CRF comprou a dívida.

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