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Operação Tentáculos

Suspeitos são presos, e ação recupera sucatas furtadas de BRT, grades da Via Mangue e luminárias

Dez estabelecimentos comerciais foram interditados; também foram recuperados itens como 224 quilos de cobre, quase 13 mil metros de cabos e parte de material de obra de construção de atacado

Grades da Via Mangue foram recuperadas na ação policialGrades da Via Mangue foram recuperadas na ação policial - Foto: Divulgação/Polícia Civil de Pernambuco

Doze pessoas foram presas e dez estabelecimentos comerciais foram interditados pela Operação Tentáculos, deflagrada pela Polícia Civil de Pernambuco. A ação teve como objetivo fiscalizar estabelecimentos comerciais apontados como suspeitos de vender sucatas e materiais roubados como cobre, placas de alumínio e condensadores de ar na Região Metropolitana do Recife (RMR).

Em coletiva de imprensa, no Recife, nesta quinta-feira (29), foram divulgadas as prisões, interdições e apreensão de diversos materiais, como 224 quilos de cobre, quase 13 mil metros de cabos, 45 metros quadrados de chapas de alumínio do BRT, 12 luminárias da Prefeitura do Recife, dezenas de grades da Via Mangue, instrumentos exclusivos da Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) e grande quantidade de material desviado de uma obra de construção de um atacado.

Os 12 presos em flagrante foram autuados por receptação qualificada, furto de energia e posse ilegal de arma de fogo. Ainda foram apreendidas quatro armas de fogo, entre espingarda, rifle e revólver.

"Uma operação extremamente importante porque integramos as forças de segurança da Secretaria de Defesa Social (SDS). Fiscalizamos empresas suspeitas de estarem irregulares na compra de materiais de origem ilícita. O resultado foi muito satisfatório", disse o delegado da Diretoria Integrada Metropolitana, Antônio Barros.

O delegado ainda explicou como funcionava o esquema. Segundo Antônio Barros, principalmente viciados em droga que furtavam as peças vendiam aos pontos comerciais. "Os estabelecimentos pagam R$ 32 por quilo de cobre. Não querem saber a origem desse cobre, a identificação de quem está vendendo, o que vai alimentando esse esquema porque tem quem compre e compre contra a lei", explicou.

"Os estabelecimentos devem ter o cadastro de tudo o que foi comprado e vendido. Estamos falando também de receptação qualificada, de furto de energia. É uma medida preventiva e as ações vão continuar para ter um alcance muito mais amplo", finalizou Antônio.

A operação, cujas investigações começaram em setembro, atuou com cerca de 350 profissionais de segurança, além de 80 profissionais do Grande Recife Consórcio de Transporte das operadores de telefonia Claro, Vivo e Oi.

De acordo com o balanço da Polícia Civil, foram identificados 42 estabelecimentos comerciais no Recife e nas cidades de Jaboatão dos Guararapes, Olinda, Abreu e Lima, Camaragibe, São Lourenço da Mata e Cabo de Santo Agostinho. 

A maioria dos estabelecimentos visitados, diz a polícia, tinham histórico de atividade ilícita de receptação de materiais furtados, sendo suspeitos de aquisição ilegal de cobre, alumínio, cabos de operadora de telefonia, componentes de refrigeração e outros materiais.

Entre os principais materiais recolhidos, aço, ferro fundido, alumínio, cobre, chumbo, inoxidáveis, polietileno, PVC, compressores de ar-condicionados e outros.

A Operação Tentáculos contou com participação das Polícias Militar e Científica, do Corpo de Bombeiros, do Grande Recife Consórcio de Transporte, da Celpe e de operadoras de telefonia

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