Taiwan detecta 45 aviões chineses perto de seu território, um recorde este ano
O gabinete presidencial taiwanês considerou uma "provocação flagrante"
O Ministério da Defesa de Taiwan comunicou, nesta quinta-feira (27), a detecção de 45 aviões militares chineses perto de seu território em um período de 24 horas, um recorde até agora este ano.
Ontem, esta ilha de governo democrático mobilizou suas forças após o anúncio de manobras militares "com fogo real" da China ao sul de seu território.
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Entre as 6h da manhã de quarta-feira e a mesma hora desta quinta, as defesas taiwanesas detectaram 45 aviões e 14 barcos do Exército chinês nos arredores da ilha, afirmou o ministério.
A China reivindica sua soberania sobre esse território com governo, exército e moeda próprios, e não descarta usar a força para tomar seu controle.
Nos últimos anos, Pequim aumentou a pressão militar sobre Taiwan, mandando regularmente aviões e barcos para suas imediações ou organizando grandes exercícios ao seu redor.
Taipé denunciou na quarta-feira que a China havia realizado exercícios de combate com "fogo real" em uma área situada 74 quilômetros ao sul da ilha.
O gabinete presidencial de Taiwan emitiu nesta quinta-feira uma "severa condenação" das ações chinesas, que considerou uma "provocação flagrante".
O Ministério de Relações Exteriores chinês não quis fazer nenhum comentário a respeito.
Porém, um dirigente do Partido Comunista, Wang Huning, disse à agência oficial de notícias Xinhua que Pequim "deve apoiar firmemente as forças patrióticas de unificação na ilha (...) e moldar a inevitável unificação da pátria".
Taiwan é um dos habituais pontos de divergência entre China e Estados Unidos que, embora não reconheça oficialmente o governo da ilha, é seu principal apoio internacional e fornecedor de armas.
As autoridades em Taipé, no entanto, temem que o novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, negligencie a ilha em caso de ataque ou tentativa de invasão pela China.
Questionado na quarta-feira se impediria que Pequim tomasse o controle de Taiwan à força, Trump limitou-se a responder: "Nunca falo sobre isso".

