TOP 10: coisas que você sempre quis saber sobre intercâmbio
Marina Motta, expert em intercâmbios, responde as dúvidas mais comuns
Aproveitamos a baixa do dólar e da libra neste mês de novembro, e o aquecimento do mercado de com as perspectivas econômicas para 2017, para convidar a expert no assunto Marina Motta, gerente do STB Recife, para preparar um post com as ez úvidas mais frequentes. Confira!
Por Marina Motta
Nossa, como o tempo voa! Já faz dez anos que estou trabalhando como consultora de intercâmbios. Já tenho dois livros publicados (Intercambio de A a Z e Intercâmbio na Era Digital) e, nesses 30 anos de atuação do STB no Recife, é interessante ver como as principais perguntas se repetem. Com o objetivo que clarear algumas dúvidas, preparei aqui esse post dez questões super pertinentes. Vamos lá?

Foto: Há programas de intercâmbio específicos para pessoas acima dos 30 anos, com várias opções de cursos, como gastronomia
Créditos: Divulgação
1)Tenho 40 anos e sempre sonhei em fazer um intercâmbio. Ainda posso fazer? Quais seriam as minhas alternativas?
Sim, as pessoas tendem a relacionar a palavra intercâmbio apenas à high school, ou seja, fazer o colegial no exterior. Neste caso, normalmente o limite de idade é 18 anos; em alguns casos, no máximo, 19 anos. Acima dessa idade, no entanto, as opções são inúmeras: desde cursos de idiomas no exterior, preparatórios para certificados internacionais, extensões universitárias, mestrados ou programas de trabalho remunerado, ou estágio voluntário no exterior. Ou seja, a única opção que você não pode fazer é High School todas as outras são super possíveis e viáveis! O mercado de educação internacional está tão aquecido para os adultos que existem escolas em Londres, Nova York e Toronto, por exemplo, que têm programas exclusivos para maiores de 30 anos, possibilitando maior interação e networking com outros profissionais de todas as partes do mundo.
2)Então, eu tenho vontade de ir mas sou super inseguro(a) para fazer um intercâmbio.Quais são os cuidados importantes que devo tomar?
As empresas especializadas em intercâmbio são os meios mais indicados. Verifique se a empresa é credenciada por órgãos internacionais que regulamentam o intercâmbio estudantil e peça indicações de amigos que já tenham feito intercâmbio, para saber o tipo de suporte dado pela empresa. Desconfie de preços muito abaixo do mercado, pois, em Londres, por exemplo, existem diversas escolas que são até mesmo mais baratas do que um curso de inglês do Brasil. Nada é por acaso: muitas vezes, não são reconhecidas pelo Conselho Britânico nem os professores são capacitados para ensinar inglês para estrangeiros (algumas vezes, trata-se de alunos em último estágio que também dão aulas aos iniciantes). Fique esperto! Esse tipo de escola também quase sempre está na mira da imigração, porque são vistas apenas como “meio de entrada” no país, para trabalho ilegal. Isso acontece muito também em Dublin na Irlanda. Por isso, ao escolher, certifique-se de que é uma boa escola e de que você sairá do Brasil com as devidas confirmações e endereço da escola escolhida ou local de trabalho e acomodação, voucher que comprove o pagamento desses serviços bem como confirmação de assistência médica internacional, passagem de volta, algum dinheiro em espécie e um cartão de crédito internacional tão são essenciais.

Foto: Alguns cursos de idiomas não cobram nenhuma multa em caso de visto negado
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3) Qual o tempo de antecedência ideal para começar o planejamento de um intercâmbio?
Para os programas de high school ou programas de trabalho tipo Au Pair, Work & Travel e Disney International College Program, antecedência de seis meses a um ano. Para cursos de idioma, antecedência de três meses, se o país exigir visto prévio (exemplo Canadá, EUA, Austrália); se não exigi-lo (Europa, Africa do Sul, Nova Zelândia) com um mês normalmente os procedimentos necessários podem ser providenciados. No entanto, como o programa deve estar quitado antes de você embarcar, quanto mais cedo pagá-lo, mais suaves ficarão os custos, já que ainda vão surgir gastos de manutenção no exterior.
4) Se meu visto for negado ainda no Brasil ou se eu não conseguir entrar no país de destino, eu perco tudo que paguei?
Não. Cada caso é um caso. Alguns cursos de idiomas não cobram nenhuma multa em caso de visto negado, desde que você apresente a carta do consulado onde possa comprovar o ocorrido. Nesse caso, você pagaria apenas uma taxa operacional à empresa onde comprou e, no máximo, perderia a taxa de matrícula da escola. Outras escolas cobram multas por cancelamento em cima da hora, como, por exemplo, no item “acomodação”, pois dificilmente conseguirão colocar um outro estudante no período cancelado. Daí a cobrança de multa equivalente a uma ou duas semanas de acomodação. O assunto “visto negado”, apesar de traumático, na maioria das vezes advém da falta de documentos pessoais do viajante que comprovem renda, disponibilidade financeira, fortes vínculos com o país de origem e no caso de programas de trabalho no exterior ou pouca fluência no idioma.

Foto: Orçamento é um dos fatores decisivos para a escolha do país ideal no seu intercâmbio
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5) Meu primo foi para a Irlanda estudar inglês. Saiu do Brasil com tudo certo (curso, acomodação, seguro de saúde, passagem de volta), e, ao chegar ao aeroporto de Dublin, foi impedido de entrar pela imigração. O que ele fez de errado para merecer tamanha humilhação?
Essa é uma situação extremamente desagradável, mas a verdade é que os países são soberanos em relação à permissão e ao controle da entrada de estrangeiros em seu território. Quando viajamos com tudo certinho, as chances de isso acontecer são pequenas, mas, não se pode descartar a possibilidade de contratempos. Nenhuma empresa pode garantir a entrada de um indivíduo estrangeiro em outro país, inclusive, países que exigem visto prévio, como EUA, Canadá ou Austrália. Isso porque, na chegada, pode haver alguma coisa que não convença a imigração, por exemplo, pouco dinheiro em espécie para fazer o programa, ausência de documentos que comprovem o propósito da viagem ou, até mesmo, o nível de inglês para fazer um programa de trabalho. Logo, é importante estar preparado, ficar calmo, sempre munido de toda documentação necessária, além de, é claro, responder a todas as perguntas com clareza e segurança e sempre dizer a verdade.
6) Qual o melhor país para se fazer intercâmbio?
Esta é uma pergunta extremamente complexa. O melhor lugar para um pode não ser o melhor lugar para outro. É importante levar em consideração fatores bem básicos como: clima e interesse na cultura em questão até outros detalhes como: preço dos pacotes, custo de vida no país, necessidade de visto, possibilidade de trabalhar com visto de estudante. Feito isso, é possível então tomar a decisão mais adequada de acordo com o seu perfil e o seu bolso!

Foto: Programas de intercâmbio como o Au Pair permite conciliar trabalho e estudos, facilitando no orçamento
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7) Como ter sucesso no intercâmbio?
Procure absorver tudo o que aquela cultura pode lhe oferecer, em todos os sentidos. Além disso, valorize e respeite as diferenças. Tentar reproduzir a sua cultura no exterior e achar que tudo o que é diferente daquilo está errado é outro engano. Não adianta tentar mudar as pessoas. Europeus e asiáticos podem parecer mais reservados no início mais depois de estabelecida uma amizade muitas vezes ela será para a vida toda. Padrões de limpeza, fuso horário e alimentação também são itens que podem causar algum estranhamento no início. Nada de desespero, com tranquilidade e paciência tudo se ajusta.
8) Fazer intercâmbio custa muito caro? É possível parcelar?
Sim, é possível parcelar, alguns programas em até dois anos! Na verdade, quando estamos falando de Intercâmbio é muito importante saber que existem opções para todos os gostos e bolsos. A opção com melhor custo x benefício é o programa Au Pair que combina estudo e trabalho nos EUA com duração de 1 ano. Custa R$ 2 mil já incluindo passagem, estadia, bolsa de estudos e assistência médica e lá ainda terá salário para manutenção. No entanto, para aqueles que preferem apenas estudar, tem pacotes para os quatro cantos do mundo para aperfeiçoar inglês, francês, espanhol, alemão, italiano, mandarim etc e que variam a partir de 2 semanas até 1 ano de duração. Para quem quer aproveitar as férias de final de ano (dezembro até meados de fevereiro, sem precisar trancar a faculdade) um curso de dois meses e meio na segura e cosmopolita Toronto no Canadá fica por cerca de R$ 5 mil. Já três meses na belíssima San Francisco na Califórnia fica por volta de R$ 8 mil, ou ainda, seis meses de curso em Dublin, na Irlanda, por cerca de R$ 13 mil, ou de seis meses na linda cidade de Sydney na Austrália incluindo assistência médica fica por volta de R$ 16 mil (com a vantagem de que com visto de estudo é possível trabalhar legalmente tanto na Irlanda quanto na Austrália).

Foto: É possível levar toda a família para o intercâmbio, atendendo às necessidades de todos
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9) Meu inglês já é totalmente fluente. Qual o idioma mais indicado para eu investir agora? Ou, tenho um bloqueio para o inglês, existe algum outro idioma que eu possa aprender?
Em linhas gerais, o segundo idioma mais procurado em termos profissionais é o espanhol. A vantagem disto é que não é um idioma tão difícil para nós brasileiros. Muitos intercambistas conseguem ficar com um nível bem avançado do idioma fazendo um curso de 3 meses no Exterior. Brasileiros não precisam de visto para essa duração de curso nem na Espanha nem na Argentina (países normalmente mais procurados para este propósito). Para aqueles quem preferem investir em outro idioma por preferência pessoas ou por alguma razão específica (ex: a empresa que trabalha tem uma matriz neste país ou, o aluno pretende fazer um mestrado no destino) outros destinos muito procurados são Alemanha, França, Itália e até mesmo China. Para esses idiomas dependendo da base prévia que o aluno possui no idioma o tempo médio para obter uma proficiência satisfatória pode variar de 3 meses até 1 ano.
10) Achei as sugestões ótimas, mas estou casado(a) e tenho filhos, é possível fazer tudo isso em família?
É sim, o intercambio em família já é uma tendência tanto para os pais que fizeram intercambio mais novos e estão com o idioma enferrujado como para aqueles que não tiveram tempo ou condições de realizar essa viagem mais novos e que agora querem fazer com toda família. Cidades como Londres ou Vancouver, que possuem diversas atrações para toda família, têm escolas maravilhosas que aceitam a partir dos 8 anos de idade e, dessa forma pais e filhos podem alugar um apartamento e viver por alguns meses como “locais”, cada um com a sua turma e fazendo o curso de acordo com o seu propósito. Pais que já possuem um nível mais avançado do idioma podem inclusive combinar com objetivos específico como cursos de inglês na áreas de negócios que acabam sendo um diferencial maior no currículo”.
Para quem ainda tiver dúvidas e quiser conversar sobre um planejamento de curso ou longo prazo de estudo no exterior, basta entrar em contato com o STB em suas lojas em Boa Viagem (81-2123-4522) ou Casa Forte (81-3301-6650).