Traficante Junior Box ordenava do presídio ações de quadrilha
Do lado de fora, comando do grupo desarticulado na operação Tégurio era de mulher
Preso desde 2011, o traficante Júnior Box ordenava de dentro de Presídio de Igarassu, na Região Metropolitana do Recife (RMR) as ações da quadrilha desarticulada pela polícia na última terça-feira (1) durante a operação Tegúrio. O homem, que chegou a ser considerado o mais procurado em Pernambuco, comanda há mais de dez anos o grupo Demônios da Ilha (D.I.), que tem atuação em Santo Amaro, Chié e Ilha de Joaneiro, no Recife.
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Mesmo dentro do sistema prisional, ele articulava-se e permanecia dando ordens que serviam para todos os integrantes do grupo, apontado como responsável por mais de 26 assassinatos. Do lado de fora, o comando atualmente era de uma mulher. O balanço da operação foi apresentada pela Polícia Civil de Pernambuco na manhã desta quarta-feira (1).
Júnior Box chegava a receber vídeos pra averiguar se suas ordens estavam sendo cumpridas. Aline Estefano Panta Leão enviava para ele imagens das drogas sendo comercializadas e de outras ações criminosas do grupo.
Ao todo foram expedidos 33 mandados de prisão, sendo cumpridos 29. Destes, 19 suspeitos já estavam presos e outros quatro seguem foragidos. A polícia atribui ao grupo as práticas de tortura, homicídios, tráfico de drogas, tráfico de armas e munição.
Durante os 6 meses de operação a hierarquia da quadrilha ia mudando na medida que os braços criminosos eram presos. As lideranças se refugiavam em Olinda, nos bairros de Ouro Preto e Jardim Brasil.
No total , a operação conseguiu apreender 5 pistolas, 7 revólveres, 3 espingardas, 9 fações e 377 munições. Além disso foi recolhido R$61.846, 1 kg de cocaína, 875 g de crack e 42 kg de maconha.
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