Trump diz que será "muito duro" com traficantes em terra
Presidente americano avisou que governo dará explicações ao Congresso antes de proceder com ataques no Caribe e no Pacífico
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta quarta-feira (22) que está pronto para atingir de forma "muito dura" os traficantes que transitam por terra, após uma série de ataques letais contra lanchas que supostamente carregavam drogas no Caribe e no Pacífico.
O governo dará explicações ao Congresso antes de proceder com esses ataques em terra, acrescentou Trump aos jornalistas no Salão Oval da Casa Branca, sem mais detalhes.
"Vamos golpeá-los muito duro quando vierem por terra, ainda não experimentamos isso", declarou. "Provavelmente voltaremos ao Congresso e explicaremos exatamente o que faremos quando passarmos para [ações em] terra", disse, em alusão a esses possíveis ataques.
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Após enviar uma flotilha de contratorpedeiros, embarcações com forças especiais a bordo e um submarino ao Mar do Caribe, os Estados Unidos iniciaram em 2 de setembro uma série de ataques sem precedentes contra o que classificam de lanchas "narcoterroristas".
Nesta quarta-feira, o chefe do Pentágono, Peter Hegseth, anunciou um oitavo ataque, de acordo com o balanço provisório. Este seria o primeiro deles no Pacífico, com duas vítimas mortais.
No total, os Estados Unidos mataram, no mínimo, 34 pessoas a bordo dessas embarcações, sem tentarem abordá-las ou capturá-las, alegando uma suposta ameaça "terrorista".
"Cada vez que isso acontece [um ataque], você está salvando 25.000 vidas americanas", explicou Trump para justificar os ataques com mísseis.
Após várias semanas realizando essas operações, "há poucas lanchas neste momento", comentou o mandatário.
"Assim que agora [os traficantes] passarão por terra, e vamos atacá-los também", afirmou.
Trump enviou uma carta ao Congresso na qual invoca essa suposta ameaça de cartéis do narcotráfico para justificar suas ações, que legisladores democratas e especialistas criticam porque viola o direito internacional.
No início de seu segundo mandato, o presidente republicano decretou através de uma ordem executiva que esses cartéis são "organizações terroristas", e que os Estados Unidos estão em um "conflito armado".

