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Trump prevê cortar quase 50% do orçamento do Departamento de Estado

O apoio financeiro para a manutenção da paz internacional seria reduzido, assim como os fundos para intercâmbios educacionais e culturais

Vista externa da sede do Departamento de Estado dos EUA no bairro de Foggy Bottom, em Washington, D.C.Vista externa da sede do Departamento de Estado dos EUA no bairro de Foggy Bottom, em Washington, D.C. - Foto: Jim Watson / AFP

O Departamento de Estado americano está planejando uma redução sem precedentes do alcance da sua diplomacia, fechando programas e embaixadas em todo o mundo e cortando seu orçamento em quase 50%, reportaram vários meios de comunicação nesta terça-feira (15).

As propostas, incluídas em um documento interno do Departamento que supostamente está sendo discutido por funcionários de alto escalão, eliminariam quase todo o financiamento para organizações internacionais como as Nações Unidas e a Otan.

O apoio financeiro para a manutenção da paz internacional seria reduzido, assim como os fundos para intercâmbios educacionais e culturais, como o programa Fulbright, uma das bolsas de estudo mais prestigiosas dos Estados Unidos.

O plano surge em um momento em que o presidente Donald Trump pressiona para reduzir os gastos do governo e o papel de liderança dos Estados Unidos no cenário internacional.

No entanto, a Associação Americana de Serviços Exteriores chamou os cortes propostos de "imprudentes e perigosos", enquanto o ex-embaixador americano em Moscou, Michael McFaul, os chamou de "um presente gigantesco ao Partido Comunista Chinês".

O memorando indica que o Departamento de Estado solicitará um orçamento de 28,4 bilhões de dólares (166 bilhões de reais) para o ano fiscal de 2026, que começa em 1º de outubro, 26 bilhões de dólares (152 bilhões de reais) a menos que o valor de 2025, segundo o The New York Times.

Somente o Congresso, controlado pelos republicanos mas que exige votos democratas para aprovar a maioria das leis, tem autoridade para promulgar os cortes. Mas as propostas provavelmente terão destaque nas negociações sobre o orçamento de 2026.

Não está claro se o secretário de Estado, Marco Rubio, apoiou o memorando de 10 de abril, mas ele precisaria aprovar quaisquer cortes antes que o Congresso pudesse considerá-los.

A AFP entrou em contato com o Departamento de Estado, mas não recebeu resposta.

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