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Fraudes

UE solicita informações à Apple, Google e Microsoft sobre sua luta contra fraudes

O pedido da Comissão Europeia foi feito por meio da Lei dos Serviços Digitais (DSA, na sigla em inglês), um texto que visa eliminar conteúdos ilegais das plataformas digitais

UE solicita informações à Apple, Google e Microsoft sobre sua luta contra fraudesUE solicita informações à Apple, Google e Microsoft sobre sua luta contra fraudes - Foto: Nicolas Tucat / AFP

A União Europeia exigiu nesta terça-feira (23) que gigantes tecnológicos como Apple, Google e Microsoft explicassem quais medidas estão tomando para combater fraudes financeiras online, um primeiro passo para uma possível investigação.

O pedido da Comissão Europeia foi feito por meio da Lei dos Serviços Digitais (DSA, na sigla em inglês), um texto que visa eliminar conteúdos ilegais das plataformas digitais.

O setor tecnológico americano denuncia alguns conteúdos desta lei como censura e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou tomar medidas de retaliação.

No entanto, a UE garante que não recuará na aplicação destas medidas para proteger os seus cidadãos online.

"Este é um passo essencial para proteger os usuários da UE de certos tipos de práticas e para garantir que as plataformas na UE também contribuam", disse o porta-voz para assuntos digitais da União, Thomas Regnier.
 

O pedido feito nesta terça-feira pode resultar em uma investigação ou em multas para as plataformas, mas não implica, por si só, que a lei tenha sido violada ou que haverá uma punição.

A ação judicial está relacionada à App Store da Apple, ao Google Play, ao agente de viagens online Booking e ao mecanismo de busca da Microsoft, Bing.

O bloco europeu suspeita que os golpistas online possam usar essas plataformas e serviços para criar aplicativos falsos ou publicar links para páginas falsas.

A Lei dos Serviços Digitais impõe uma forte regulamentação às plataformas online para combater a desinformação, as mensagens de ódio, as falsificações ou os produtos perigosos.

As autoridades comunitárias já iniciaram várias investigações sob esta lei a plataformas como Meta, Facebook, Instagram, TikTok, X ou AliExpress.

No entanto, esse intervencionismo da UE em um setor dominado por empresas americanas incomoda Trump, que ameaçou retaliar os países ou organizações que regulam essa indústria.

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