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UFRPE manifesta-se contrária ao programa Future-se

A decisão foi tomada em reunião com os três conselhos superiores da universidade na manhã desta segunda-feira (14)

UFRPEUFRPE - Foto: Divulgação

Após uma reunião com os três conselhos superiores – os conselhos Universitário, de Ensino, Pesquisa e Extensão e de Curadores – da Universidade Rural de Pernambuco, nesta segunda-feira (14), a UFRPE se posicionou contrária ao projeto Future-se, plano criado pelo ministério da Educação (MEC), para financiar universidades federais.

Segundo o MEC, o objetivo com o projeto é dar mais autonomia financeira para as universidades e institutos federais, fomentando o empreendedorismo e a inovação e captando recursos privados. Isso se daria através de contratos de gestão da União e das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) com Organizações Sociais (OS) que possuam atividades “ligadas ao ensino, à pesquisa científica, ao desenvolvimento tecnológico, à cultura e que estejam relacionadas às finalidades do Programa”.

O programa é de adesão voluntária, ou seja, só as universidades e institutos federais que demonstrarem interesse em participar do Future-se estarão inclusas.

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A reunião na UFRPE contou com cerca de 100 pessoas, e o debate foi em torno do documento “Análises e Reflexões sobre o Programa Future-se do MEC”, elaborado por uma comissão formada em reunião anterior dos conselhos presentes que analisaram o programa Future-se.

Após votação, com apenas um voto favorável à adesão, a universidade se posicionou contrária ao programa. “Dessa forma, a Universidade Federal Rural de Pernambuco se posiciona contrária ao Programa Future-se, na versão ora apresentada”, segundo trecho do documento apresentado no plenário.

 De acordo com a professora do Departamento de Educação da universidade e presidenta da Associação dos Docentes (Aduferpe), Erika Suruagy, o programa é um ataque frontal à carreira docente. “O Future-se ataca todos os princípios que a universidade pública defendeu ao longo desses anos, ao princípio da autonomia da universidade e o do financiamento público”, afirmou.

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