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Um aliado contra os distúrbios do sono em PE

Equipamento de polissonografia será instalado no Hospital Universitário Oswaldo Cruz. Com isso, o Estado volta a oferecer o serviço pelo SUS

Para o exame, o paciente precisará dormir no hospital, onde será monitorado por cerca de seis horasPara o exame, o paciente precisará dormir no hospital, onde será monitorado por cerca de seis horas - Foto: Arthur Mota

O serviço de neurologia do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc/UPE) ganhará nos próximos dias um aparelho de polissonografia. O equipamento é o padrão ouro para detecção de vários distúrbios do sono. Com a instalação da máquina, o Estado volta a ofertar este tipo de diagnóstico no SUS. Os transtornos são muito comuns na população em geral e impactam diretamente na qualidade de vida.

A Organização Mundial de Saúde aponta que 40% da população do planeta não dorme o necessário. A lista de quadros somam mais de 80 quadros dentro da Classificação Internacional dos Distúrbios do Sono.

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Quando o equipamento começar a funcionar, serão atendidos diariamente, de segunda a sexta-feira, um paciente por noite. O usuário precisará dormir no hospital, onde será monitorado por, pelo menos, seis horas. O tempo de preparação para o exame dura em torno de 40 minutos.

O procedimento consiste na colocação de eletrodos na cabeça do paciente (eletroencefalograma), na lateral dos olhos (observar os movimentos dos olhos), no queixo, pernas, além de uma cinta no tórax para mensurar a oxigenação do sangue durante os eventos respiratórios. “O aparelho faz um exame completo para monitorar a atividade elétrica cerebral.

Consegue detectar fases do sono e verificar os distúrbios a cada fase, como epilepsia, sonambulismo, bruxismo, movimento das pernas, além da apneia, que é trivial”, comentou o neurologista do HUOC, Clélia Franco. Ela explicou ainda que a máquina é a mesma do eletroencefalograma. Contudo, tem acessórios específicos que refinam a pesquisa pelos transtornos.

“Há sensores para movimento de músculo abdominal e torácico para ver respiração, sensor para eletrocardiograma, para ver alterações cardíacas durante o sono, sensor para respiração nasal, para ruído para perna inquieta. Se chama de polissonografia porque é um eletroencefalograma estendido com esses outros parâmetros”, disse.

O equipamento pode responder a várias perguntas de quem passa as noites em claro e não sabe o real motivo. “Acordo várias vezes à noite desde uns 13, 14 anos. Já fiz tratamentos com psicólogo e psiquiatra, já tomei remédios, mas nunca consegui descobrir o que é. Deito cedo, demoro a pegar no sono, acordo cedo e cansada, ainda com sono”, contou a freelancer e estudante Marisa Araújo, 22 anos.

As noites mal dormidas também acompanham o publicitário Leandro Amorim, 34. “Minha namorada reclamou que ronco e às vezes paro de respirar dormindo. Já acordo cansado. Acredito ser apneia, mas tenho que investigar”.

Apneia
O Hospital Otávio de Freitas (HOF), referência em pneumologia, realiza a poligrafia para diagnóstico da apneia obstrutiva do sono, especificamente. Além do diagnóstico, o HOF realiza o tratamento para esta síndrome, com fornecimento para o paciente do CPAP (equipamento terapêutico).

No alvo, pessoas que apresentam este distúrbio de moderado a grave. Há nesses casos acompanhamento com pneumologista e fisioterapeutas. Por mês, são realizados em média 20 exames.

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