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Unidos da Tijuca exige de foliões termo que isenta a escola de acidentes

No desfile de 2017, a estrutura de um carro alegórico da Unidos da Tijuca desabou. Vítimas estão processando a agremiação carnavalesca

Estrutura de carro alegórico quebrou, deixando feridos no desfile da escola de samba Unidos da Tijuca (2017) Estrutura de carro alegórico quebrou, deixando feridos no desfile da escola de samba Unidos da Tijuca (2017)  - Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

 

A Escola de Samba carioca Unidos da Tijuca está exigindo dos participantes de seu desfile deste ano a assinatura de um termo de responsabilidade, isentando a escola caso ocorra algum acidente durante a passagem pelo Sambódromo. Em 2017, parte de um carro alegórico da agremiação desabou e 12 pessoas ficaram feridas. Agora, a escola quer isenção de responsabilidade.
Segundo foliões ouvidos pela Agência Brasil, o documento foi encaminhado pelo aplicativo WhatsApp. A orientação é levá-lo assinado em um dos ensaios. “Reconheço não haver responsabilidade da escola por qualquer acidente que venha a ocorrer com o carro alegórico e/ou demais alegorias antes, durante ou depois do desfile, assumindo, ainda, toda e qualquer responsabilidade quanto ao meu estado de saúde”, registra o termo.
A Agência Brasil entrou em contato com a Unidos da Tijuca, mas ainda não obteve retorno. Neste ano, o desfile da agremiação será o primeiro de segunda-feira (12) e fará homenagem ao ator Miguel Falabella com o enredo "Um coração urbano: Miguel, o arcanjo das artes, saúda o povo e pede passagem".
Conforme investigações realizadas pela Polícia Civil, o desabamento ocorrido no ano passado foi causado por falha humana. Apenas duas das quatro traves do elevador hidráulico que sustentava o terceiro andar do veículo haviam sido acionadas.
De acordo com o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), há pelo menos cinco ações judiciais por danos morais e materiais movidos contra a Unidos da Tijuca. Cerca de dois meses após o episódio, uma liminar foi dada beneficiando a bailarina Joana Araújo Martins. O juiz Rafael Cavalcanti Cruz, da 52ª Vara Cível do Rio, obrigou a escola de samba a custear 20 sessões de fisioterapia, conforme a prescrição médica, sob pena de multa diária de R$ 300.
O acidente durante o desfile tijucano não foi o único ocorrido no ano passado. Ao perder o controle, um carro da Paraíso do Tuiuti colidiu com as laterais da avenida, deixando 20 pessoas feridas , uma das quais não resistiu e morreu cerca de dois meses depois. Também houve problemas com a União da Ilha e a Mocidade de Padre Miguel. Ambas tiveram dificuldades para manobrar seus carros, mas não houve vítimas.
Após os episódios, a Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) se comprometeu a tomar medidas para prevenir novos acidentes. Na semana passada, integrantes do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Rio de Janeiro (Crea-RJ), que vem intensificando o trabalho de fiscalização junto às agremiações atestaram avanços nos cuidados com a segurança, embora também tenham feito ponderações.

 

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