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Secretários de Saúde pedem adiamento do Enem ao Ministério da Educação

Prova presencial está marcada para os dias 17 e 24 deste mês mesmo com alta nos casos da Covid-19

Cartão de confirmação do EnemCartão de confirmação do Enem - Foto: Divulgação/Inep

Nos últimos dias, a realização da prova presencial do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), nos próximos domingos, dias 17 e 24, tem sido tema de muita controvérsia.

O Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), realizador da prova, segue firme na proposta de manter a data apesar de algumas cidades, a exemplo de Manaus (AM), já terem dito que não farão as provas por causa na alta dos casos da Covid-19. 

"Há situações diferentes nos estados. No Amazonas, o momento é dramático. Cenário muito grave também no Rio de Janeiro. O Conass entendeu que, dada a situação, seria de bom tom que tivesse um adiamento. A gente sabe que está tendo resistência por parte dos organizadores. Sabemos que há impacto negativo para esses jovens que têm se preparado”, disse o secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, que ocupa o posto de vice-presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).

O órgão recorreu ao Ministério da Saúde, nesta quarta-feira (12), para tentar um novo adiamento para o Enem. "Não havendo adiamento, é importante que cumpram os protocolos estabelecidos pelos sanitaristas. É um exame nacional, então compete ao governo federal a fiscalização”, completou ele.

Em Pernambuco, são 312 mil candidatos, com provas em 83 cidades e no arquipélago de Fernando de Noronha. O Inep promete seguir as normas sanitárias estabelecidas para a realização do exame.

Mas os comerciantes que tradicionalmente se posicionam nos entornos dos locais de prova e uma possível aglomeração de estudantes são vistos com preocupação por muitos.

Embora os jovens não figurem nos grupos de maior risco de desenvolverem formas graves da Covid-19, eles podem ser vetores de aumento na transmissão do vírus, que já tem circulação acelerada em todo o País. 

"Ainda não sentimos o impacto das festas de final de ano, a população está mais relaxada e há a possibilidade real de um vírus mais transmissível estar circulando entre nós (variantes descobertas recentemente). Estou preocupado com o cenário das próximas semanas. Acredito que o cancelamento do vestibular seriado (da Universidade de Pernambuco) e do Enem deveria ocorrer. Não há necessidade de ser realizado agora”, pontuou o médico infectologista pernambucano Bruno Ishigami. 

O vestibular da UPE tem, até o momento, a previsão de realizar os exames do SSA 1 e 2 nos dias 31 de janeiro e 1º de fevereiro. Já os alunos do SSA 3 farão as provas nos dias 4 e 5 de fevereiro. 

Até o momento, o cronograma do Enem é o seguinte: 

Dias 17 e 24 de janeiro:
Prova impressa para todo o País

Dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro:
Prova digital

Dias 23 e 24 de fevereiro:
Prova para Pessoas Privadas de Liberdade (PPL);
Prova em cidades cujas autoridades locais decidirem pelo adiamento;
Reaplicação da prova para candidatos que apresentaram sintomas da Covid-19 em janeiro;
Reaplicação para estudantes que tiveram problemas pontuais, como enchentes, que tenham dificultado o acesso ao local de prova.

 

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