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Yoga: uma prática para todos

Muitas vezes associada à complexidade, a yoga pode ser adaptada a pessoas com limitação de mobilidade

Rebecca Fonseca está no sexto mês de gestação e teve os exercícios adaptadosRebecca Fonseca está no sexto mês de gestação e teve os exercícios adaptados - Foto: Rafael Furtado/ Folha de Pernambuco

A yoga melhora a postura, a respiração, a saúde e a qualidade de vida. Mas há uma ideia de que ela é um exercício com alto grau de complexidade, destinada, exclusivamente, a jovens flexíveis. Não é bem assim. Mulheres grávidas, por exemplo, têm se beneficiado com a atividade, que fortalece funções físicas e psicológicas vulneráveis no período da gravidez e no processo do parto. O idoso também vem praticando o exercício, com adaptações para o seu estado de saúde.

Aos 31 anos, a advogada Rebecca Fonseca espera o seu segundo filho aos seis meses de gestação. Ela, que já praticava antes do primeiro bebê, teve acompanhamento especial da medicina e da yoga para continuar com as atividades. “Minha ginecologista me autorizou a fazer yoga desde o início desta gestação. Alguns exercícios tiveram que ser corrigidos ou adaptados tanto para não prejudicar o meu bebê quanto para que eu pudesse seguir absorvendo os benefícios da prática”, relata.


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As turmas da professora de yoga Manuela Leite são heterogêneas. “O público tem mudado nos últimos anos. Os exercícios podem ser feitos por qualquer um, já que busco adaptar os movimentos de acordo com a mobilidade do aluno. Dentro de cada corpo há uma limitação própria”. De acordo com a professora, que ministra aulas há 12 anos, os benefícios na saúde mental e física atingem de forma uniforme a todos os grupos. “Seja uma gestante que tem um bloqueio no abdômen ou um idoso que se limite em algumas partes do corpo, a gente tem toda uma avaliação para que essa pessoa possa praticar”.


Para as gestantes, o exercício das torções da yoga se restringem para que não haja desconforto. Entre os benefícios, há ainda o estímulo da circulação, diminuindo os inchaços, e auxilia no controle corporal, principalmente na área pélvica, onde os músculos já fortalecidos favorecem para um bom parto natural, desmistificando o parto como uma experiência negativa ou dolorosa.

Rúbia Parisio adquiriu boa postura, respiração e autoconhecimento ao longo de 2 anos praticando o exercício. Para quem convivia com dores pelo corpo, a aposentada de 63 anos encontrou uma solução. “Não queria ficar em casa e foi assim que minha filha me encorajou a praticar alguma coisa”, revela, ao descrever a estranheza que teve nas primeiras aulas. “As dores do corpo e da idade já faziam parte de mim, e quando comecei a praticar, fui descobrindo as mudanças físicas e psicológicas em mim”. No início, a adaptação foi difícil por conta do sedentarismo, mas aos poucos desenvolveu o autoconhecimento.

A técnica milenar que surgiu na Índia há cerca de sete mil anos busca alcançar a liberdade pessoal, longevidade e autocompreensão. Harmonização da respiração, diminuição da ansiedade e maior capacidade de lidar com as emoções são alguns dos benefícios citados pelo Ministério da Saúde. Desde 2017, a yoga faz parte das 29 Práticas Integrativas e Complementares do SUS.

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