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Zé Maria diz que Mysheva "vale por dez jararacas" e reconhece rixa com pai e tio dela

Ele nega, no entanto, que exista uma guerra entre as famílias

Mysheva Martins e Thiago Faria juntos no dia em que noivaramMysheva Martins e Thiago Faria juntos no dia em que noivaram - Foto: Reprodução/Facebook

A inimizade entre José Maria Pedro Rosendo Barbosa e o pai da advogada Mysheva Martins, noiva do promotor Thiago Faria na época da morte dele, foi o foco dos questionamentos feitos ao primeiro réu do assassinato a depor. Apontado como mandante do crime, o homem, conhecido como Zé Maria de Mané Pedro, reconheceu as desavenças que existiam com Lourival Freire Ferrão Filho, pai de Mysheva, e com um tio da advogada conhecido como Lula e afirmou que Mysheva “vale por dez jararacas (serpentes de até 1,6m)” e que cresceu “sendo envenenada pelo pai”.

A animosidade seria por conta de um caso que o réu teve com uma irmã de Lula. "Não tinha intriga, nem divergência. Eu já era casado e tive um caso com a irmã de Lula. Era normal. Só que deixei ela, mas eles não gostaram", disse.

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Fazenda Nova
O réu garantiu que não houve resistência depois que ele recebeu uma ordem judicial para a desocupação da Fazenda Nova, apontada como centro da disputa que resultou no assassinato do promotor. "Não vou dizer que gostei, mas não teve resistência nenhuma". A demora para deixar o imóvel, segundo ele, foi porque o seu advogado entrou com um recurso que protelou a medida por seis meses.

Fonte de água
O réu afirmou que, na época que foi morar na Fazenda Nova, em 2007, puxou sete quilômetros de cano e construiu as três fontes no local. Hoje, no entanto, ele afirmou que apenas uma das fontes possui água, mas que a líquido é suficiente apenas para suprir as necessidades da fazenda.

Tentativa de homicídio
José Maria Rosendo usou o resultado das eleições em que concorreu ao cargo de vereador para apontar que não é temido no local. Disse que ficou como primeiro suplente. Foi nessa época que teria sofrido uma tentativa de homicídio.

Ex de Mysheva
O comerciante Glécio de Oliveira Júnior, ex de Mysheva, também foi tema do depoimento. De acordo com José Maria, ele chegou a discutir com o promotor, afirmando “que ele tinha voz de gay”. Como resposta, Thiago Faria teria dito que “a caneta dele era mais pesada do que o revólver de Glécio”.

O réu ressaltou, no entanto, que a discussão foi motivada por ciúmes. Glécio teria ligado pra Mysheva quando ela estava com o promotor, que não gostou da ligação e tomou o telefone dela pra falar com ele.

Após a ouvida da juíza, às 12h20, começa a indagação do Ministério Público. Zé Maria manteve um tom seguro e manteve a mira em Mysheva e Glécio. "Ele [Glécio] aparentemente é um homem normal. Não tenho conhecimento da vida pregressa dele. Se mostrava nervoso, apreensivo é porque não tava satisfeito com a traição", afirmou Zé Maria.

O réu disse que o relacionamento de Mysheva e Glécio terminou em dezembro e ela começou a namorar com o promotor em janeiro. Em depoimento, Glécio havia dito que eles terminaram em fevereiro. "No interior, quando o homem é traído, ele ou mata um, ou o outro, ou os dois. Sempre acontece isso lá", disse o réu.

Réu temia pela vida
Zé Maria disse ainda que temia pela própria vida. “Uma semana depois, mandei o vídeo querendo me apresentar. Mandei quatro vídeos e queria segurança de vida. A polícia e a Justiça nunca me deram essa segurança. Só depois de tudo isso que apareceu um mandado pra mim (sequestro e cárcere) em Garanhuns”, contou.

“Tirei todos os documentos pra ser vereador, em 2012, e não constava nada no meu nome. O maior absurdo é colocar um mandado pra mim. Há poucos meses, entrou um homem de bem e viu esse absurdo e me absolveu”, acrescentou o réu. 

Imputação
“Mysheva falou que eu era mandante e meu cunhado (Edmacy) o executor. Foi tudo orientado pra isso. Ela quem reconheceu. Aconteceu o crime, Mysheva foi para o hospital e ao meio-dia já tinha reconhecido e espalhado isso. Se não tivesse câmera, ele (Edmacy) tava preso até hoje. Ele poderia estar com 10 testemunhas, mas não iria adiantar porque ela o acusou. Isso foi um negócio programado por ela”, aponta Zé Maria.

“O que eu mais queria era que esse crime não ficasse impune. Eu absolvido ou condenado, vai ficar impune. Quero que o verdadeiro culpado, verdadeiro mandante seja preso. E isso não é difícil não”, indagou o réu. 

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