Cinema
Zezé Motta relembra racismo sofrido durante gravações de novela global
"Ligavam para casa de Marcos Paulo para saber como ele conseguia fazer aquele papel"
A atriz Zezé Motta participou nesta terça-feira (6) da abertura da mostra "Zezé Motta - 50 anos de cinema", na Caixa Cultural, no Recife Antigo. Na ocasião, ela conversou com a imprensa e em seguida realizou um pocket show para o público que lotou o pequeno teatro com capacidade para 90 pessoas.
No bate-papo, a atriz que completa 72 anos e 50 de carreira, se disse muito lisonjeada com a mostra em seu nome que vai até o dia 17 de junho com entrada nos valores de R$ 4. No próximo dia 13, ela retorna ao Recife onde participa de um bate-papo com o cineasta Cacá Diegues, diretor do filme "Xica da Silva", o mais marcante da carreira da Zezé. "Foi o maior presente que recebi e posso dizer que o trabalho mais inesquecível".

Foto: Zezé com o exemplar especial sobre os detalhes da mostra
Créditos: Arthur de Souza/FolhaPE
Na conversa, vestida com um longo antes de subir ao palco, Zezé lembrou das dificuldades da mulher negra na TV e no cinema. Ela lembrou da novela "Corpo a Corpo", de 1984, quando viveu par romântico com o ator já falecido, Marcos Paulo. "Eu lembro que as mulheres que eram afim de Marcos ligavam para casa dele perguntando como ele conseguia fazer aquele papel. Diziam que não queriam mais saber dele. Lembro também de ouvir que uma certa pessoa falou para Marcos que se estivesse no lugar dele lavaria a boca todos os dias com água sanitária. É absurdo o racismo", disse Zezé.
Ela também demonstrou muita felicidade em estar no Recife, cidade que ela revela ter um carinho muito especial. Zezé acabou de gravar uma novela em Portugal e atualmente está participando das gravações de uma nova série da Rede Globo. Em breve, a entrevista completa no Site Roberta Jungmann.
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