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Zika: nova parceria para conceber vacina

Fiocruz assina termo de cooperação com empresas francesa e norte-americana que tem como objetivo acelerar o processo

Bebê com microcefaliaBebê com microcefalia - Foto: Alfeu Tavares/Folha de Pernambuco

 

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a farmacêutica francesa Sanofi e o Walter Reed Army Institute of Research, dos Estados Unidos, assinaram na quinta-feira (28) um acordo sobre princípios de colaboração para acelerar o desenvolvimento e o registro de uma vacina contra o vírus zika. A vacina em questão utiliza o vírus inativado e, por isso, seria mais segura para utilização inclusive em gestantes. Além da Fiocruz, o Instituto Butantam também fez uma parceria internacional com o Instituto Nacional de Saúde (NIH) dos Estados Unidos para desenvolver uma vacina contra o zika. Há pelo menos 30 iniciativas mundiais que buscam uma vacina.

“A ideia é juntar esforços”, destacou o vice-diretor de Desenvolvimento Tecnológico da Bio-Manguinhos/Fiocruz, Marcos Freire, em entrevista à Agência Brasil. O acordo define princípios para a colaboração entre as instituições. Ainda será necessário um acordo mais detalhado, que inclua questões de maior embasamento legal. “Estamos discutindo uma parceria para juntar esforços e desenvolver uma vacina inativada contra o zika. Esse acordo visa a união desses três institutos para que juntos, utilizando todas as nossas expertises, possamos chegar a uma vacina”, disse.

Freire, no entanto, não deu prazos para a conclusão da pesquisa e contou apenas que o esforço é para se chegar o mais rápido possível à fase de testes clínicos - quando a vacina é utilizada em voluntários. “É difícil dizer. Considerando que tudo corra maravilhosamente bem e muito rápido, ainda assim é difícil prever quando teremos uma vacina registrada. Se a gente conseguir chegar à fase 1 em 2017, à fase 2 em 2018 e iniciar a fase 3 em 2019, acredito que 2019 ou 2020 seriam nosso melhor cenário para ter uma vacina no mercado.”

Microcefalia
O Governo Federal prorrogou por mais 90 dias a estratégia de incentivo financeiro para busca ativa e de conclusão do diagnóstico de bebês com suspeita de microcefalia no País. A portaria dos ministérios da Saúde e do Desenvolvimento Social e Agrário foi publicada ontem, sendo retroativa a 31 de julho. Dessa forma, a União garantirá aos Estados recursos de R$ 2,2 mil para cada caso incluído em investigação diagnóstica em agosto, setembro e outubro. A ajuda foi, instituída em março deste ano, já havia sido prorrogada uma vez, por 60 dias, em junho. O prazo inicial proposto pelo governo era 31 de maio.

Em Pernambuco, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou que o Ministério da Saúde já realizou o repasse de R$ 3,2 milhões relativos à portaria interministerial de aceleração do diagnóstico de microcefalia. O montante foi pago em duas parcelas em março e maio.

 

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