Política

Ajuda ao Estado, “mas não de dentro do governo”

Socialistas dizem que palavras de Paulo sobre Márcio França podem representar “avanço”

Geraldo Júlio e Paulo Câmara emitiram nota de pesarGeraldo Júlio e Paulo Câmara emitiram nota de pesar - Foto: Divulgação/Aluisio Moreira/SEI

Representante do PSDB-PE na Esplanada dos Ministérios, Bruno Araújo descarta emplacar um debate em seu partido, hoje, sobre recomposição com a administração Paulo Câmara. “Não está em discussão, no PSDB, voltar ao governo. Essa decisão tomada, de sair do governo, é uma decisão que faz com que esse seja um assunto encerrado sobre voltar, seja ao governo municipal ou ao estadual”, crava o ministro à coluna. Na sequência, ressalva: “Isso não muda em nada a responsabilidade que a gente tem, no ministério, de ajudar o Estado e de ajudar a Capital; mas não será de dentro do governo”. Cumprida a missão do governador Paulo Câmara com o projeto de reeleição do prefeito Geraldo Julio, governistas avisam, nas coxias, que o gestor do Estado deve investir em uma reaproximação com o DEM e com o PSDB, os quais foram convidados a sair de sua administração em razão da campanha municipal. Na esteira da decisão do tucanato pernambucano de lançar candidatura à Prefeitura do Recife, deu-se uma aproximação maior entre os socialistas locais e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, a quem Paulo Câmara fez sinalização, em entrevista publicada, ontem, no Estadão, referindo-se a 2018. Ao mesmo tempo, o governador socialista não fechou as portas para Aécio Neves. Os tucanos de Pernambuco têm ligação mais estreita com o mineiro que, diante da movimentação do PSB-PE na direção de Alckmin, pode vir a agir. Paulo já deu os recados.

Socialistas dizem que palavras de Paulo sobre Márcio França podem representar “avanço”

Sem titubear
Enquanto vice-presidente nacional do PSB, o governador Paulo Câmara não arrodeou quando o assunto foi 2018: deixou claro que, se Geraldo Alckmin viabilizar o projeto do PSB, que é fazer Márcio França governador de São Paulo, é natural que socialistas avancem com o tucano.
Equilíbrio > Ao acenar à ala paulista do partido, Paulo Câmara reconhece o peso do setor na sigla, hoje bem maior do que nos tempos de Miguel Arraes e de Eduardo Campos. Sugere, assim, um ambiente de unidade dentro do PSB, que, em 2017, terá eleição interna para o comando nacional.
Eis a questão > No quesito campanha presidencial, o ministro Bruno Araújo, ao contrário do governador Paulo Câmara, procura frear a discussão. “No PSDB, mal resolvemos o candidato a presidente. Como vamos discutir vice?”, indaga.
Chegou primeiro>O ministro das Cidades faz ainda uma parêntese: “Temos um parceiro de muito tempo nessa relação, a exemplo do Democratas”. E política se faz tudo no seu tempo. E o tempo de 2018 está muito distante”.
Na mesma > Ministro da Educação, Mendonça Filho, que preside o DEM no Estado, informa à coluna, que não houve qualquer conversa ou convite que concretizasse intenção do Governo do Estado de atrair o DEM de volta.
Bola para frente > “Não há nada em pauta. Não vou ficar especulando em cima de uma possibilidade. O que está em pauta é trabalhar pelo Estado, independente de qualquer coisa. Bola para frente”, minimiza o dirigente democrata.

Sinais > No Palácio das Princesas, a manutenção de Guilherme Uchoa na presidência da Alepe e a de Diogo Moraes na primeira secretaria é vista com bons olhos. Quem diz é o secretário de Articulação Política, André Campos: “Vemos com muita simpatia a recondução de Guilherme e Diogo, mas isso é questão interna da Assembleia”.
Mudança de planos > Vice-governador do Estado, Raul Henry telefonou para Guilherme Coelho, justificando que não poderia comparecer à homenagem a Osvaldo Coelho, ontem, na Câmara Federal, em razão de ter assumido o Governo do Estado, nas férias de Paulo Câmara.

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