Amenidades no menu unem MDB e PSB às vésperas de 2020
Como a coluna antecipou, Jarbas juntou Paulo, Geraldo e Henry em almoço
O prefeito do Recife, Geraldo Julio, deixou, ontem, a casa do senador Jarbas Vasconcelos na última leva. Já passava das 17h. Junto com ele, sairam: Raul Henry, Tony Gel, Fred Oliveira, André Campos e Murilo Cavalcanti. Esse grupo se estendeu nas conversas. Antes, Fernando Dueire e Bruno Lisboa haviam saído numa turma do meio. O governador Paulo Câmara foi dos primeiros a deixar o apartamento, por volta das 15h. Dirigiu-se ao Palácio das Princesas com Antonio Figueira e José Neto, titular de Administração. Como a coluna antecipou, Jarbas aproveitou o recesso para juntar socialistas e emedebistas em almoço nas torres gêmeas, onde mora no Recife. Costumava fazer esse tipo de encontro no Janga, onde, tradicionalmente, preparava um cozido. Ontem, o menu foi passou por carne de sol, rabada, feijoada, peixe, e ensejou papos sobre amenidades.
O encontro ocorre depois do duro enfrentamento, no qual o senador Fernando Bezerra Coelho trabalhou para tomar o comando do MDB. Hoje, a convivência interna na sigla tornou-se "pacífica", circunstância que rende sequelas na relação com o PSB, que acendeu o sinal amarelo. Fernando Bezerra, naturalmente, não estava no almoço. Também não estavam Roberto Fontelles, que comanda o Detran na cota do MDB, nem Marcelo Bruto, que está à frente da pasta de Desenvolvimento Urbano. O partido ocupa ainda a Condepe, com Sheilla Pincovsky e a Cehab, com Bruno Lisboa, além da Secretaria de Segurança Urbana do Recife, com Murilo Cavalcanti. Murilo e Bruno estavam presentes. O nome de Marcelo Bruto, segundo os próprios socialistas relatam, teria sido uma espécie de imposição feita ao MDB, o que geraria alguma lacuna na relação. À coluna, Dueire define a relação de Raul e Jarbas com FBC, hoje, como "madura". Grifa que Fernando é líder do governo Bolsonaro, Jarbas não integra a base, mas eles têm colocado as coisas de maneira objetiva. "Não tem mais ponto de conflito", observa Dueire. O que tem em comum? "Fortalecer o partido", devolve Dueire. Às vésperas de 2020, o almoço de Jarbas vai na linha de fortalecer os laços com o PSB e dirimir as cicatrizes também gravadas na pele de emedebistas.