Logo Folha de Pernambuco
Filiação

Ao lado de Lula, Alckmin ouve hino socialista em silêncio, mas aplaude no final

'Internacional Socialista' exalta governos de esquerda e o comunismo e foi executada durante evento do PSB em Brasília

Geraldo AlckminGeraldo Alckmin - Foto: Divulgação/Ruy Baron

Político de trajetória ligada ao conservadorismo e católico fervoroso, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) ouviu o hino da Internacional Socialista em evento do PSB em Brasília nessa quinta-feira (28).

O hino exalta a luta dos trabalhadores e é ligado a governos comunistas e socialistas de uma união de partidos de vários países instituída em 1951.

Alckmin não cantou, mas aplaudiu ao final do hino durante o congresso do PSB que elegerá o diretório nacional da sigla. Ele estava ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de quem o ex-governador será vice na chapa à presidência da República nas eleições de outubro.

O vídeo viralizou nas redes. Nas imagens, Alckmin parece contido, olha para baixo e sorri em alguns momentos. O ex-governador mantém proximidade como Opus Dei, prelazia ultraconservadora da igreja católica.Ainda assim, ele disse à imprensa que se sentiu à vontade.
 

Um dos fundadores do PSDB, Alckmin se desfiliou da sigla para uma aliança com o ex-presidente Lula. Os dois tiveram embates no passado e tinham divergências principalmente nas pautas de comportamento e econômica, já que Alckmin tinha propostas liberais criticadas pelo PT.

Ainda assim, ao longo de seus governos em São Paulo, Alckmin se aproximou das centrais sindicais, que também serviram de ponte para o seu diálogo com o petista. Agora, o ex-governador tem acompanhado Lula mesmo em eventos dos movimentos sindicais mais ligados à esquerda.

A pessoas próximas, Alckmin tem minimizado suas divergências com Lula e afirmado que sua união com o petista representa a defesa da democracia contra o autoritarismo do presidente Jair Bolsonaro. Na visão do ex-governador, Bolsonaro coloca em risco o regime democrático e os partidos, mesmo aqueles que são adversários históricos, precisam formar uma frente ampla para derrotá-lo.

Veja também

Newsletter