Dom, 07 de Dezembro

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São Paulo

Ao lado de Tarcísio, Bolsonaro lança linha de capacetes e volta a questionar inelegibilidade

"Eu não aparecer como candidato é uma negação à democracia", disse o ex-presidente em evento em São Paulo

O então presidente Jair Bolsonaro  com o então ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, hoje governador de São PauloO então presidente Jair Bolsonaro com o então ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, hoje governador de São Paulo - Foto: Anderson Riedel / PR

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) atacou a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) que o acusa de liderar uma trama golpista no Planalto e disse, nesta terça-feira, que uma eventual eleição presidencial de 2026 sem a sua presença nas urnas seria uma “negação à democracia”.

Bolsonaro falou por meia hora com jornalistas em uma feira de motopeças, onde lançou um capacete de grafeno ao lado do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e do filho “01”, o senador Flávio Bolsonaro (PL).

O evento emulou uma convocatória aos seus apoiadores para o ato em Copacabana, no Rio, marcado para o próximo domingo.

— Eu não aparecer como candidato é uma negação à democracia. Qual foi o crime que eu cometi? Reunir com embaixadores? Tenha santa paciência — disse.

Tarcísio concordou com o padrinho político ao ser perguntado sobre o que pensava da declaração. O governador tem evitado dizer publicamente que cogita uma candidatura presidencial contra Lula (PT) em 2026, uma vez que o ex-presidente insiste em dizer que é o nome da direita, mesmo inelegível até 2030.

— Acho (que está certo). Por isso que Bolsonaro é o meu candidato.

Bolsonaro também rebateu os conselhos que tem recebido de líderes partidários para abrir mão da candidatura, o que destravaria a articulação política em torno de Tarcísio como opção ao Planalto. O senador Ciro Nogueira (PP), por exemplo, já declarou que o ex-presidente precisa decidir ainda este ano. Do contrário, teria apenas um dos filhos como plano B.

— Conselho é uma coisa que você dá e o outro recebe se quiser. Por enquanto, eu sou candidato.

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