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GUERRAS

Ao Le Monde, Janja afirma que "mulheres e meninas" são as mais expostas a violências em guerras

Nesta segunda-feira (31), a primeira-dama publicou um artigo no jornal francês sobre as desigualdades de gênero no contexto de guerras e conflitos

Janja Lula da Silva, primeira-dama do BrasilJanja Lula da Silva, primeira-dama do Brasil - Foto: José Cruz / Agência Brasil

A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, publicou um artigo no jornal francês Le Monde nesta segunda-feira (31), em que aborda as diversas formas de violência perpetradas contra mulheres em contextos de guerra. De acordo com Janja, ao mesmo tempo em que são levadas a ter que lidar com a situação com normalidade, elas são vítimas de "diferentes tipos de violência causados pela guerra", sobretudo aqueles "sistematicamente dirigidos contra os seus corpos".

"Muitas delas conseguem, no seio das suas comunidades, dar um novo sentido à vida colectiva após os conflitos. Desempenham um papel unificador, tornando-se líderes activos na defesa dos direitos humanos e ambientais. Em contextos de violência, o trabalho destas mulheres permite garantir o acesso a direitos e serviços, inevitavelmente restringidos nos momentos mais trágicos", afirma, no artigo.

Na publicação, Janja defende que a guerra é um "instrumento de perpetuação das desigualdades econômicas, sociais, raciais e de gênero", apontando que, enquanto os homens decidem entrar em embates geopolíticos, quem sofre mais com essa dinâmica é a população mais vulnerável.

Ao Le Monde, a socióloga diz que, nesse contexto, as mulheres e meninas são "responsáveis pela defesa da dignidade das suas famílias e comunidades em situações de conflito".

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