Política

Após críticas, Temer recua e decide participar de velório de jogadores

Declaração foi dada um dia após a assessoria de imprensa da Presidência da República informar que o peemedebista "jamais cogitou" participar da cerimônia fúnebre no Estádio

André de Paula é deputado federal reeleito pelo PSDAndré de Paula é deputado federal reeleito pelo PSD - Foto: Paullo Allmeida/Folha de Pernambuco

Após críticas sobre sua possível ausência, o presidente Michel Temer mudou de posição neste sábado (3) e decidiu participar de velório coletivo dos jogadores e dirigentes do Chapecoense, em acidente aéreo na Colômbia.

A declaração foi dada no dia seguinte à assessoria de imprensa da Presidência da República informar que o peemedebista "jamais cogitou" participar da cerimônia fúnebre no Estádio e que sua presença exigiria um esquema de segurança especial, criando problemas para familiares e amigos.

"Não poderia dizer ontem [que irei] porque se eu dissesse, a segurança iria colocar pórticos na entrada do estádio e revistar as pessoas que entram. Então, só comuniquei que eu vou agora para facilitar a vida [de todos]", disse.

Em rápida declaração a veículos de imprensa, ao lado do embaixador colombiano no Brasil, o presidente disse que a forte chuva em Chapecó "deve ser São Pedro chorando pela morte dos jogadores."

"Eu quero dizer que a União se uniu ao governo de Santa Catarina e à prefeitura de Chapecó para prestar uma última homenagem aos falecidos nesse trágico acontecimento. Um acontecimento que abalou o país e o mundo", disse.

A decisão na sexta-feira (2) de Michel Temer de não aparecer no velório provocou reações. O pai do zagueiro Filipe, Osmar Machado, por exemplo, disse à ESPN que, "se ele tem dignidade e vergonha na cara, que venha aqui [no velório da arena Condá] cumprimentar as pessoas".

Mais tarde, à Folha, repetiu: "É bom que ele não venha. Agora tu acha que eu vou sair daqui para dar um abraço nele? Para quê?" Indagado sobre as chances de vaias ao presidente, afirmou: "Vaia? Agora, se ele vier é que vai ser vaiado mesmo. É uma situação difícil, sinceramente".

Nesta sexta, diante da repercussão da entrevista à ESPN, o porta-voz da Presidência da República, Alexandre Parola, entrou em contato com o pai do zagueiro da Chapecoense e disse a ele que houve um mal-entendido.

Segundo ele, ninguém ligado ao presidente exigiu ou pediu a presença de familiares das vítimas no aeroporto, uma vez que são os governos municipal e estadual que organizaram a solenidade militar.

Veja também

Bossa nova, medalhas e almoço com coxinha: saiba como foi o encontro de Lula e Macron em Brasília
Visita Macron

Bossa nova, medalhas e almoço com coxinha: saiba como foi o encontro de Lula e Macron em Brasília

"É grave que ela não possa ter sido registrada", diz Lula sobre candidata opositora na Venezuela
Crítica

"É grave que ela não possa ter sido registrada", diz Lula sobre candidata opositora na Venezuela

Newsletter