Após prisão definitiva de Bolsonaro, Carlos critica aliados que já discutem 2026: 'Absurdo político'
Filho do ex-presidente reage a movimentações internas sobre futuro da direita
No dia seguinte após a prisão definitiva de Jair Bolsonaro, o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) criticou publicamente aliados que passaram a discutir possíveis nomes para a disputa presidencial de 2026.
Em postagem nas redes sociais, ele classificou a movimentação como um “absurdo político” e disse que tratar da sucessão agora equivale a “compactuar com a covardia” que, segundo ele, estaria sendo cometida contra seu pai.
“Discutir sucessão presidencial enquanto os maiores absurdos políticos se acumulam contra o maior líder do país, e enquanto heróis nacionais são presos de forma ilegal, é compactuar com a covardia e a tortura que esse regime impõe a milhares de brasileiros inocentes”, escreveu.
Carlos afirmou ainda que aceitar esse debate faria do Brasil o “espelho oficial” da Coreia do Norte.
Leia também
• Bolsonaro e generais presos podem perder patentes militares? Entenda a análise do caso pelo STM
• Generais vão para quartéis, e precedente de Lula define prisão de Bolsonaro
• Bolsonaro poderá cumprir mais de seis anos em regime fechado na prisão; entenda cálculo
A manifestação ocorre num momento de disputa interna por protagonismo no bolsonarismo. Com Bolsonaro isolado na Superintendência da Polícia Federal, recebendo apenas visitas médicas, jurídicas e familiares, parte da oposição passou a cogitar alternativas para 2026 — movimento que irritou o núcleo familiar, que tenta manter o controle político do espaço deixado pelo ex-presidente.
Ao lado de Michelle e Flávio Bolsonaro, Carlos tem atuado para unificar o discurso da oposição em torno da anistia para condenados do 8 de Janeiro. A fala desta quarta expõe um esforço para brecar qualquer reorganização interna que retire da família o comando do campo bolsonarista e para reforçar a narrativa de que a pauta eleitoral deve ser adiada.
Em reunião da bancada do PL na última segunda-feira, Michelle pediu para que os aliados não falassem sobre eleições por enquanto. As movimentações dos governadores de direita — Tarcísio de Freitas, Ronaldo Caiado, Ratinho Júnior e Romeu Zema — provocam atritos com a família desde o início do ano.

