Política

Bolsonaro diz que PSL é como gêmeo xifópago e melhor solução é se separar

Nesta segunda-feira (28) Bolsonaro afirmou que a melhor solução é criar um novo partido, descartando a possibilidade de ir para o Patriotas

Presidente Jair BolsonaroPresidente Jair Bolsonaro - Foto: José Dias/PR

"O ideal agora é como se fossem gêmeos xifópagos [ligados entre si por uma parte do corpo]. Precisa separar. Cada um segue seu destino." A declaração foi dada pelo presidente Jair Bolsonaro ao comentar a crise no PSL. O partido está dividido entre um grupo ligado à família Bolsonaro e uma ala próxima do deputado Luciano Bivar (PE), presidente nacional da sigla.

Embora tivesse levantado na sexta-feira (25) a possibilidade de se tornar "um presidente sem partido" se a crise no PSL não se resolver, nesta segunda Bolsonaro afirmou que a melhor solução é criar um novo partido, descartando a possibilidade de ir para o Patriotas. "Eu não teria dificuldade em criar um partido nesse sentido. Mas gostaria que fosse pacificado tudo", disse.

Segundo ele, um bom nome para a agremiação seria Partido da Defesa Nacional ou PDN. "É um nome bonito, né? Tem que ser um nome que agregue", disse. O presidente também ironizou a possibilidade de candidatura à Presidência da deputada federal Joice Hasselmann, que pertence ao grupo bivarista do PSL: "Boa sorte para ela. É fácil!".

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Embora reconheça que a deputada ajudou na articulação das pautas do governo no Congresso, disse que ela "se precipitou". "Eu quero transparência. Porque se acontecer qualquer coisa errada nas contas do PSL, quem vocês vão culpar? Eu, que sou só um filiado."

Mais tarde, Bolsonaro voltou a falar da relação com seu partido. "O PSL não teria crescido se não fosse eu. E se não fosse o PSL eu não teria chegado à Presidência. Começou bem o nosso relacionamento", disse.

"No momento, temos a palavrinha que tem que ser explicada, afinal de contas foi um recurso público, chama-se transparência. Vamos até os 48 do segundo tempo buscando isso. Caso não seja possível, obviamente, eu já tenho alternativas que eu posso adotar lá na frente", completou Bolsonaro, que respondeu "quem sabe" ao ser questionado sobre um possível divórcio com a sigla.

O presidente disse também que pretende interferir o mínimo possível nas eleições municipais do ano que vem. "Se eu fecho com alguém, começo a perder apoios, e não quero perder apoios. Tenho objetivo de governar o Brasil", afirmou.

O presidente viajou dos Emirados para o Catar, de onde irá à Arábia Saudita. Em Abu Dhabi, ele participou de reuniões com empresários e apresentou projetos brasileiros de privatização e investimentos em infraestrutura e no setor de óleo e gás.

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