Política

Bolsonaro diz que vantagem para aprovar Eduardo como embaixador é apertada

Segundo ele, sondagens feitas pelo Palácio do Planalto apontam que o filho do presidente tem hoje uma "vantagem apertada" no Senad

Deputado Federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP)Deputado Federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) - Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

O presidente Jair Bolsonaro admitiu nesta quarta-feira (14) dificuldades na aprovação do nome do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) para o cargo de embaixador nos Estados Unidos. Segundo ele, sondagens feitas pelo Palácio do Planalto apontam que o filho do presidente tem hoje uma "vantagem apertada" no Senado, o que não dá garantia de uma aprovação.

O presidente disse que o governo não pode "correr o risco" de perder e ressaltou que ele não pode viajar aos Estados Unidos em setembro, para participar da abertura da Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), com uma derrota .

"Não posso chegar lá com uma derrota, pega mal para a gente", disse. "Na sondagem, (temos os votos) apertado, mas a gente não pode correr o risco. Aquele pessoal que é do contra, eles não faltam. E o pessoal que é favorável costuma faltar, então essa vantagem apertada não nos dá garantia", acrescentou.

Bolsonaro deve esperar pelo menos mais uma semana para enviar a indicação do filho. Na visão de auxiliares presidenciais, é preciso que o deputado tenha mais tempo para amadurecer uma simpatia a seu nome e quebrar resistências entre os senadores.

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O governo estuda o momento apropriado para encaminhar a indicação do embaixador de Washington para evitar uma derrota ou constrangimento. Há ainda uma preocupação de que a votação de Eduardo contamine a reforma previdenciária. Para que o processo tenha início no Poder Legislativo, primeiro é feita a publicação no Diário Oficial da União. Então, a mensagem presidencial é encaminhada ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), que faz a leitura em plenário.

Depois disso, o presidente da CRE (Comissão de Relações Exteriores) designa um relator para que faça um parecer meramente consultivo. Ou seja, independentemente do que indique o relatório, a indicação vai ao plenário para votação secreta. No Senado, há resistência à indicação de Eduardo. Senadores como o líder do PSD, Otto Alencar (BA), já defenderam a rejeição do nome do filho do presidente como um recado do Legislativo para o que considera excessos cometidos pelo chefe do Executivo.

Em entrevista à Folha de S.Paulo, o relator da reforma da Previdência, Tasso Jereissati (PSDB-CE), falou de seu temor que a polêmica escolha contamine o ambiente para a votação das novas regras para aposentadoria.

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