Caixa

Bolsonaro mantém silêncio sobre denúncias de assédio contra Guimarães: "Ele pediu afastamento"

Presidente não comentou teor das denúncias de assédio sexual contra ex-auxiliar

Foto: Evaristo Sá / AFP

Ao comentar pela primeira vez a exoneração de Pedro Guimarães da presidência da Caixa, após denúncias de assédio sexual de funcionárias do banco, o presidente Jair Bolsonaro limitou-se a dizer nesta segunda-feira (4) que o executivo "pediu afastamento" do cargo.

Bolsonaro manteve o silêncio sobre as denúncias e não comentou o teor das acusações contra seu ex-auxiliar, um de seus aliados mais próximos. Limitou-se a falar do afastamento dele nesta segunda-feira, em conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada, ao ser questionado sobre "o caso de assédio na Caixa".

A exoneração de Guimarães foi oficializada na tarde de quinta-feira, pouco mais de 24h após o site Metrópoles revelar que funcionárias acusavam o então presidente do banco de assédio sexual. No Diário Oficial da União (DOU), a saída constou como "a pedido".

Como o GLOBO mostrou, o silêncio de Bolsonaro sobre o caso e a demora em demitir Guimarães causaram constrangimento entre integrantes do governo e da campanha de reeleição, já que o presidente tem mais dificuldades de avançar no eleitorado feminino.

Também nesta segunda-feira, a primeira-dama Michelle Bolsonaro demonstrou solidariedade à mulher de Guimarães, Manuella Pinheiro, ao comentar um post dela nas redes sociais em que defende o marido e reclama de "ataques" que teriam como objetivo "destruir" sua família.

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