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Inelegibilidade

Bolsonaro no TSE: 'A partir de agora, sou um cabo eleitoral de luxo', diz ex-presidente

Ex-mandatário afirma que foi julgado pelo 'conjunto da obra'

Ex-presidente Jair BolsonaroEx-presidente Jair Bolsonaro - Foto: Silvio Avila / AFP

O ex-presidente Jair Bolsonaro criticou nesta sexta-feira a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que, por cinco votos a dois, o condenou por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação e declarou sua inelegibilidade. O ex-mandatário afirmou que foi julgado pela “conjunto da obra” e que a partir de agora será um “cabo eleitoral de luxo”.

— A partir de agora sou um cabo eleitoral de luxo. O Brasil fica de luto com esta decisão, alguém vai ganhar quase por W.O. em 2026, mas isto não é democracia. Não vou largar a luta pelo Brasil, tenho uma filha de 12 anos que quer crescer aqui. No meu caso, me tiraram da Presidência e julgaram pelo conjunto da obra, mas a minha obra mesmo é entregar esse país com numeros melhores dos que eu peguei. Estou sendo condenado por inquéritos não concluídos pela Polícia Federal, como o do 8 de janeiro.

Sobre o nome que poderá substitui-lo nas urnas em 2026, o ex-presidente desconversou. Um grupo de aliados defende a candidatura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas — o chefe do Executivo de Minas Gerais, Romeu Zema, também vem sendo citado.

— Vocês perguntam se tivesse que escolher entre Zema ou Tarcísio? Neste momento, escolho por Jhonny Bravo. Também não vou falar sobre bala de prata. Devem procurar Lula, (Daniel) Ortega e (Sergio) Moro para brindar.

Facada pelas costas
Bolsonaro acrescentou que foi alvo de um "massacre" durante o processo eleitoral.

— Me tiraram da Presidência, com um massacre em cima de mim, e com o TSE trabalhando contra as minhas propostas. Fui proibido de muitas coisas, como o boné do CPX, de mostrar o 7 de setembro. Os que trabalharam contra mim hoje se gabam de uma vitoria sobre um ditador, como eu, que respeitei a Constituição. Esse esforço não teve o valor reconhecido. Não gostaria de ser inelegível, mas na política ninguém mata e morre. Aqui em Minas, tomei uma facada na barriga, e hoje levei uma facada nas costas por suposto abuso de poder político. Se em 2018 tomei uma facada pela frente, hoje a democracia leva uma punhalada pelas costas

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