Política

Bolsonaro sanciona lei que permite faltar à aula por motivo religioso

A lei entrará em vigor em 60 dias, em março

Presidente Jair BolsonaroPresidente Jair Bolsonaro - Foto: Marcos Correa/PR

Estudantes poderão faltar aulas e provas por motivos religiosos. É que estabelece lei sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro e publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (4). A lei entrará em vigor em 60 dias, em março. A partir desse mês, as escolas terão ainda dois anos para tomar as providências e fazer as adaptações necessárias para colocar a medida em prática.

A nova lei estabelece que estudantes de escolas e universidades públicas e privadas poderão se ausentar de provas ou aulas, em dias que, “segundo os preceitos de sua religião, seja vedado o exercício de tais atividades”. Para isso, os estudantes terão que apresentar um requerimento com a devida antecedência.

Para repor as atividades, as instituições de ensino poderão aplicar prova ou aula de reposição, conforme o caso. Poderão ainda solicitar dos alunos um trabalho escrito ou outra modalidade de atividade de pesquisa. Os estudantes que fizerem essas atividades terão garantida a presença.

Leia também: 
PE reduz abandono escolar no ensino médio, diz balanço
Qualidade do ensino EAD pauta audiência pública no Senado
Pernambuco reforça programas da pasta de educação
'Jamais faremos oposição ao povo', diz Bolsonaro sobre envio de policiais ao Ceará

A lei não se aplica, no entanto, às escolas militares. Isso porque o ensino militar é regulado em lei específica, admitida a equivalência de estudos, de acordo com as normas fixadas pelos sistemas de ensino.

De acordo com Agência Senado, a estimativa de líderes religiosos é que cerca de 2 milhões de brasileiros guardam o sábado e, por razões de fé, não podem estudar ou trabalhar até o pôr do sol.

Veja também

Caso Marielle: um mês após prisão, supostos mandantes seguem em presídios e optam por isolamento
MARIELLE FRANCO

Caso Marielle: um mês após prisão, supostos mandantes seguem em presídios e optam por isolamento

Lira diz que chamar Padilha de 'desafeto pessoal' foi erro, mas mantém críticas à articulação
Brasil

Lira diz que chamar Padilha de 'desafeto pessoal' foi erro, mas mantém críticas à articulação

Newsletter