1º DE MAIO

Brasileiros comparecem a atos de apoio a Bolsonaro e Lula

Atual presidente fez aparição rápida em ato de Brasília e petista deve participar de evento em São Paulo

Atos adiantam clima de polarização das eleiçõesAtos adiantam clima de polarização das eleições - Foto: Mauro Pimentel e Nelson Almeida/AFP

Milhares de brasileiros saíram às ruas nas principais cidades do país neste domingo (1º) para participar de atos de apoio ao presidente Jair Bolsonaro e outros de respaldo ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, antecipando um clima de polarização da eleição presidencial de outubro. 

Bolsonaro chegou por volta do meio-dia à Esplanada dos Ministérios, em frente ao Congresso em Brasília, ponto de encontro de seus seguidores na capital, que o aplaudiram gritando "mito", muitos vestindo camisas do Brasil.

"Cumprimentar o pessoal que está aqui na manifestação pacífica em defesa da Constituição, da democracia e da liberdade. Parabéns a todos de Brasília, bem como todo o Brasil que hoje estarão nas ruas", disse Bolsonaro, em transmissão ao vivo nas redes sociais que acompanhou sua caminhada.
 

Depois de cumprimentar de perto os manifestantes, o presidente saiu sem discursar, ao contrário do que aconteceu em outros atos. O presidente vive uma escalada de tensão com o Supremo Tribunal Federal (STF), após ter decidido indultar o deputado aliado Daniel Silveira, um dia após o STF condená-lo a mais de 8 anos de prisão por promover atos antidemocráticos .

Silveira, favorecido pelo indulto, participou de outro ato no Rio de Janeiro, onde bolsonaristas exibiram cartazes com ataques à Corte. "Supremo é o povo. Fim à ditadura do STF", afirmava um dos cartazes. Luciana Gomes Ribeiro, uma motorista de 47 anos que disse à AFP que estava na manifestação do Rio de Janeiro porque confia que Bolsonaro "vai melhorar muito" o país.

"Vai ser facilmente reeleito (em outubro) se não houver fraude na contagem de votos", disse Ribeiro. Além de contrariar o STF com o indulto a Silveira, Bolsonaro reforçou os ataques ao Tribunal Superior Eleitoral nos últimos dias, expressando dúvidas sobre a confiabilidade do sistema de urnas eletrônicas, sem oferecer evidências da suposta vulnerabilidade.

Por sua vez, o ex-presidente Lula anunciou que participará esta tarde de um evento do Dia do Trabalho organizado pelos sindicatos de São Paulo. Apoiadores da esquerda protestaram neste domingo também no Rio de Janeiro e Brasília, onde reclamaram da alta inflação - que acumula 12,03% em 12 meses -, e pediram "basta de fome e de corrupção".

Segundo as pesquisas, Lula é o favorito para a eleição de 2 de outubro, mas sem evitar o segundo turno com Bolsonaro, que diminuiu a vantagem nas últimas pesquisas. Embora a campanha só comece oficialmente em agosto, como Bolsonaro, o ex-presidente de esquerda (2003-2010) tem adotado cada vez mais um tom eleitoral em suas aparições.

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