Política

Bretas absolve Côrtes do crime de obstrução da Justiça

O ex-secretário de Saúde do Estado, Sérgio Côrtes, no governo Sérgio Cabral, foi absolvido pelo juiz federal Marcelo Bretas da acusação do MPF de tentar influenciar na delação do ex-subsecretário de Saúde, César Romero.

Marcelo Bretas Marcelo Bretas  - Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, responsável pelo desdobramento da Lava Jato no Rio de Janeiro, absolveu o ex-secretário de Saúde do Estado, Sérgio Côrtes, no governo Sérgio Cabral, da acusação de obstrução de Justiça. Em 2017, ele foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) por tentar influenciar na delação do ex-subsecretário de Saúde, César Romero.

Na decisão, o juiz absolveu também os empresários Miguel Skin e Sérgio Vianna Júnior. Bretas escreveu, em um dos trechos da sentença, que “considerou haver insuficiência de suporte probatório para condenar os três acusados”. A denúncia do MPF informava que Côrtes, Skin e Vianna Júnior tentaram constranger César Romero para alterar o conteúdo de sua delação.

Sérgio Côrtes foi preso em abril de 2017, mas obteve habeas corpus em fevereiro deste ano por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes. Côrtes é acusado de desviar mais de R$ 300 milhões por meio de contratos firmados pela secretaria durante o governo de Sérgio Cabral, principalmente para a compra de material hospitalar. Ele ainda é réu em outros dois processos na 7ª Vara Federal Criminal, junto com o ex-governador Sérgio Cabral e o empresário Miguel Iskin.

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Em depoimento prestado ao juiz federal Marcelo Bretas, em novembro de 2017, o ex-secretário estadual de Saúde, Sérgio Côrtes, reconheceu que recebeu algumas vantagens indevidas durante o período em que foi diretor do Instituto Nacional de Traumatologia (Into) entre 2002 e 2006. Ele admitiu ter recebido do empresário Miguel Iskin cerca de R$ 70 mil ao ano para despesas com viagens.

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