Cardinot nega interesse em disputar o Governo de Pernambuco em 2026
Jornalista afirma ter recusado convites de três partidos
O jornalista e apresentador Cardinot negou nesta segunda-feira (22) qualquer intenção de disputar a eleição para o Governo de Pernambuco em 2026. A declaração foi feita por meio de nota lida durante seu programa, em resposta às especulações que vinham sendo levantadas nos bastidores políticos sobre uma possível candidatura pelo Partido Liberal (PL).
Nos últimos dias, o nome de Cardinot passou a circular como uma das opções do PL para a disputa estadual. Em entrevista à Rádio Folha FM 96,7, o deputado estadual Alberto Feitosa (PL) afirmou que o partido trabalha com a possibilidade de lançar candidatura própria ao Palácio do Campo das Princesas e que o nome de Cardinot vinha sendo discutido internamente com aval do ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo Feitosa, a decisão final caberia ao presidente do PL em Pernambuco, Anderson Ferreira.
Procurado, Anderson Ferreira não respondeu até a publicação desta matéria. Na nota divulgada nesta segunda, Cardinot informou ter sido procurado por três legendas ao longo de 2025, mas afirmou que recusou todos os convites de forma imediata. Ele argumenta que não possui interesse em ocupar cargos eletivos e que seus compromissos profissionais atuais o impediriam legal e eticamente de participar de qualquer campanha. O jornalista também destacou que o exercício do jornalismo exige independência, algo que, segundo ele, seria comprometido caso se vinculasse a qualquer partido.
Cardinot reforçou ainda que não é filiado a partido político e que seu compromisso segue sendo com o jornalismo "independente, crítico e plural". Ele declarou que respeita as diversas correntes ideológicas, mas demonstrou preocupação com o envolvimento de representantes políticos em casos de corrupção.
Confira a nota na íntegra:
Ao longo deste ano de 2025, para minha surpresa, recebi três convites de diferentes partidos políticos para disputar as eleições de 2026. Fiquei honrado pela lembrança e pela confiança demonstrada, mas recusei prontamente todos os convites.
Meus motivos são claros e inegociáveis: Não tenho interesse em disputar cargos eletivos.
Tenho compromissos profissionais em andamento que me impediriam legal e eticamente de participar de uma campanha eleitoral. E, acima de tudo, acredito que o exercício do jornalismo exige independência e liberdade de opinião — algo que seria inevitavelmente comprometido ao me vincular a qualquer corrente partidária.
Dito isso, todas as especulações que surgiram nos últimos dias não passam disso: especulações. Não sou filiado a partido político e não tenho qualquer intenção de me filiar.
Sobre meu posicionamento político, sempre fui transparente com meu público: não me movem rótulos de direita, esquerda ou centro — meu critério é simples e inegociável: não gosto de bandido.
Respeito as diversas correntes ideológicas, mas me entristece profundamente ver o quanto a política tem sido degradada pelo envolvimento de tantos de seus representantes em esquemas de corrupção e outros crimes.
Reitero: não sou candidato, não sou filiado a partido político, e sigo firme no meu compromisso com o jornalismo independente, crítico e plural. Acredito que minha maior contribuição à sociedade se dá pelos meus programas, oferecendo informação de qualidade e debates francos, que ajudem o cidadão e a cidadã a formar sua própria opinião — especialmente na hora de votar.
Com respeito e gratidão,
CARDINOT