Logo Folha de Pernambuco

MARIELLE FRANCO

Caso Marielle: ex-bombeiro preso atuou na ocultação de carro usado no crime, diz diretor da PF

De acordo com o delegado Andrei Rodrigues, Maxwell Corrêa agiu no planejamento e também no acobertamento dos executores

Flávio Dino e  Andrei Rodrigues, diretor geral da PFFlávio Dino e Andrei Rodrigues, diretor geral da PF - Foto: Sergio Lima/AFP

O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmou que o ex-bombeiro Maxwell Corrêa, além de atuar na vigilância e no monitoramento da vereadora Marielle Franco, ainda prestou apoio logístico para acobertar os apontados como envolvidos diretamente na execução da parlamentar, Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz. Em uma coletiva, na manhã desta segunda-feira, no Palácio da Justiça, em Brasília, o delegado deu detalhes da participação do ex-militar no crime:

— O que posso adiantar é que essa pessoa (Maxwell) participou de ações de acompanhamento e vigilância da vereadora e também do apoio logístico, com integração com os demais atores dessa cadeia criminosa percorrida. Então ele teve um papel importante nesse contexto inteiro, antes, durante e depois do caso, com a questão do carro. Para utilizar uma expressão popular, o carro foi picado, então houve a participação dele na ocultação desse carro.

O ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou que a delação premiada do ex-policial militar Élcio Queiroz trouxe novos elementos para a investigação do Caso Marielle e fundamentou a operação realizada pela Polícia Federal nesta segunda-feira. Ainda de acordo com o ministro, não há dúvidas de que outras pessoas estão envolvidas nos assassinatos de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, cujos mandantes ainda não foram descobertos.

— Sem dúvida, há a participação de outras pessoas, isso é indiscutível. As investigações mostram a participação das milícias e do crime organizado do Rio de Janeiro no crime — afirmou Dino. — Não há crime perfeito. Outras novidades com certeza ocorrerão nas próximas semanas.

O ministro reforçou que a delação de Élcio Queiroz corroborou provas já colhidas na investigação, como o fato de que os disparos foram feitos por Ronnie Lessa, e forneceram elementos que abrem novas frentes para a investigação, iniciada há cinco anos.

— Élcio Queiroz confirmou em delação premiada a participação dele próprio, do Ronnie Lessa e do Maxwell. Temos o fechamento desta fase, com a confirmação de tudo que aconteceu no crime. Há elementos para um novo patamar da investigação, que é descobrir os mandantes. As provas colhidas pela Polícia Federal concluíram de maneira inequívoca da participação do Ronie Lessa, do Élcio de Queiroz e também do Suel no crime.

Veja também

Câmara autoriza que gastos com despacho de bagagens de deputados seja pago pela cota parlamentar
LIBERAÇÃO

Câmara autoriza que gastos com despacho de bagagens de deputados seja pago pela cota parlamentar

Questionado por Moraes, e-mail com convite a Bolsonaro é do site oficial da posse de Trump; entenda
VIAGEM

Questionado por Moraes, e-mail com convite a Bolsonaro é do site oficial da posse de Trump; entenda

Newsletter