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Política

Cunha coloca Lula e Temer como testemunhas de defesa

Eduardo Cunha foi preso preventivamente no último dia 19 sob ordens do juiz federal Sergio Moro

Deputado Silvio Costa Filho (PRB), líder da oposição na AlepeDeputado Silvio Costa Filho (PRB), líder da oposição na Alepe - Foto: Rinaldo Marques/Alepe

Em sua defesa prévia, protocolada na noite de terça-feira (1), o ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) apresentou como testemunhas o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o atual presidente Michel Temer. Também foram citados Henrique Eduardo Alves, ex-ministro do Turismo da ex-presidente Dilma Rousseff; o ex-senador Delcídio do Amaral e o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, entre outros 17.

Cunha é réu na Lava Jato sob as acusações de corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Ele foi preso preventivamente no último dia 19, sob ordens do juiz federal Sergio Moro, que passou a tratar do caso do ex-parlamentar depois que ele perdeu o foro privilegiado com a cassação de seu mandato.

Segundo a acusação, Cunha recebeu aproximadamente US$ 1,5 milhão em uma conta na Suíça. O valor é referente a um contrato da estatal no Benin, país do oeste da África.
A propina teria como objetivo garantir sustentação política para Jorge Luiz Zelada na área internacional da Petrobras. Cunha também é acusado de lavagem de dinheiro por tentar mascarar as movimentações bancárias fora do país.

Na peça, a defesa de Cunha negou as acusações e pediu a rejeição da denúncia. "O defendente requer que caso Vossa Excelência não rejeite a denúncia contra ele apresentada, nem o absolva sumariamente, nos termos pleiteados, ordene a diligência abaixo requerida, ouça as testemunhas arroladas e, ao fim, julgue improcedente a acusação, absolvendo-o de todas as imputações lhe formuladas."

Os advogados de Cunha também pedem que a Shell forneça cópia do procedimento de contratação dos poços de petróleo no Benin. "Por meio dessa diligência, pretende-se provar que o contrato investigado nos presentes autos foi celebrado em conformidade com as regras do mercado e não, ao contrário do que diz o MPF, em razão de propina paga ao defendente", sustenta a defesa.

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