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Política

Debate em Caruaru tem temperatura elevada

Às vésperas das eleições, candidatos da maior cidade do Agreste têm confronto pesado

Metrô do RecifeMetrô do Recife - Foto: Arquivo/Folha de Pernambuco

O último debate televisivo entre os deputados estaduais que disputam a Prefeitura de Caruaru, Tony Gel (PMDB) e Raquel Lyra (PSDB), realizado ontem na TV Jornal, foi marcado pela exploração das contradições de cada um dos postulantes. Raquel centrou fogo na renuncia de Tony Gel ao cargo de prefeito, durante seu segundo mandato na Prefeitura de Caruaru, em 2008. Na época, o peemedebista deixou o cargo para se candidatar a vereador da cidade, e o presidente da Câmara de Caruaru à época, Neguinho Teixeira, assumiu a chefia do Executivo. Por sua vez, Tony Gel apontou para o apoio dado pelo atual prefeito de Caruaru, José Queiroz (PDT), à tucana, relembrando que eles estiveram em palanques diferentes no primeiro turno, e criticou atitudes relativas a João Lyra (PSDB), pai de Raquel Lyra, no período em que o mesmo foi prefeito de Caruaru e vice-governador.

A primeira pergunta do debate, feita por Tony Gel, foi se a adversária era candidata da continuidade ou da oposição, por conta da disputa contra o vice-prefeito de Caruaru, Jorge Gomes (PSB), no primeiro turno. Ao que Raquel respondeu: “Me pergunto se o deputado pensa que está disputando com José Queiroz. O candidato do prefeito não chegou ao segundo turno, e ele, prontamente,definiu o apoio em um projeto de futuro para Caruaru. Recebi o apoio de braços abertos. O que está em jogo são duas opções, apostar no futuro de Caruaru, através de nossa candidatura, ou voltar atrás em uma gestão de uma candidatura que representa o abandono de quem deixou a cidade nas mãos de Neguinho Teixeira, que saiu preso da Prefeitura”, disse a tucana.

“Não faço gestos para ganhar a eleição de qualquer maneira. Temos que ter o mínimo de coerência, até pouco vocês eram inimigos e agora são amigos desde criança? A população de Caruaru reprova”, respondeu o peemedebista, que também teceu críticas à gestão de João Lyra na cidade. “Fui sucessor de seu pai. Naquela época, os professores iam ensinar na zona rural por castigo, quando era descoberto que não tinham votado no prefeito”, declarou.

Apoio expressivo
Ontem, a candidata Raquel Lyra (PSDB) recebeu apoio reforçado. Ela reuniu para um jantar nomes como o ministro Bruno Araújo (PSDB), o senador Armando Monteiro (PTB), os deputados federais Silvio Costa (PTdoB), Betinho Gomes (PSDB) e Daniel Coelho (PSDB); as deputadas estaduais Priscila Krause (DEM) e Terezinha Nunes (PSDB), além do prefeito de Jaboatão, Elias Go­mes (PSDB).

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