Política

Defesa de Flávio Bolsonaro protocola notícia-crime contra William Bonner e Renata Vasconcellos

Advogados do senador afirmam que TV Globo descumpriu ordem judicial ao veicularem matérias sobre o caso

Flávio BolsonaroFlávio Bolsonaro - Foto: Pedro França/Agência Senado

A defesa do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) protocolou, na tarde da sexta-feira (6), uma notícia-crime contra os apresentadores do Jornal Nacional, William Bonner e Renata Vasconcellos, por veicularem informações sobre as investigações do caso das rachadinhas no gabinete de Flávio quando era deputado estadual.
 
O pedido foi feito junto à DRCI (Delegacia de Repressão Aos Crimes de Informática), no Rio de Janeiro. A informação foi divulgada pela Veja e confirmada pelo UOL. Os advogados do senador, Rodrigo Roca, Luciana Pires e Juliana Bierrenbach, alegam que a TV Globo descumpriu ordem judicial ao veicularem matérias sobre o caso.
 
Nesta semana, a emissora deu destaque ao depoimento de Luiza Souza Paes, ex-assessora de Flávio, confirmando a existência do esquema. O depoimento foi revelado, anteriormente, pelo jornal O Globo.
 
Ela afirmou no depoimento que nunca atuou como funcionária de Flávio enquanto deputado, mas que tinha cargo registrado na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) e repassava mais de 90% do salário recebido ao assessor Fabrício Queiroz.
 
Ainda na quinta-feira (5), a defesa do senador pediu ao Tribunal de Justiça do Rio que a emissora seja multada em R$ 500 mil para cada vez que descumprir a decisão. À Folha a TV Globo afirmou, por meio de nota, que não tem conhecimento desta medida e que pode "garantir que não houve descumprimento de ordem judicial".


 
Em outubro, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski, não acatou a reclamação da emissora contra a decisão que proíbe a divulgação de informações ou documentos sigilosos sobre o caso das rachadinhas. A informação foi dada pelo colunista do UOL, Chico Alves. A emissora reclamava a decisão expedida, no início de setembro, pela juíza Cristina Feijó, da 33ª Vara Cível do TJ-RJ.
 
Segundo a Globo, a determinação configurava censura e contrariava a própria jurisprudência do STF de proteção à liberdade de expressão e ao direito de informação.

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