Ter, 09 de Dezembro

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Política Pública

Depois de lançar CNH mais barata, Lula fala em financiar motos para entregadores

Busca por crédito para trabalhadores está na mesa do presidente há pelo menos quatro meses

Presidente Luiz Inácio Lula da SilvaPresidente Luiz Inácio Lula da Silva - Foto: Ricardo Stuckert

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que governo está atrás de alternativas para lançar um programa de financiamento específico para motocicletas para entregadores de aplicativos. Lula afirmou que esse é o próximo compromisso do governo com o segmento, depois de lançamento das novas regras de acesso a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) que podem baratear em até 80% o acesso ao documento. 

—Ainda falta uma coisa fazer, que ainda não conseguimos concluir, uma coisa que a gente quer fazer é baratear o financiamento de uma motozinha para que os entregadores tenham direito de ter uma moto, de preferência elétrica, para economizar a emissão de gás efeito estufa — afirmou Lula durante cerimônia de lançamento da CNH mais acessível no Palácio do Planalto nesta terça-feira.

Ele disse que os ministros e o vice-presidente, Geraldo Alckmin, trabalham nesse projeto.

— Esse é o nosso próximo compromisso, não sei se vai dar para anunciar até o final do ano, mas estamos trabalhando para isso — afirmou.

A busca por crédito para financiar moto está na mesa de Lula há pelo menos quatro meses. Em setembro, Lula recebeu no Palácio do Planalto o bilionário chinês Will Wei Cheng, fundador e presidente da chinesa Didi, controladora da 99.

Na época, Wang disse a Lula que a empresa trabalha no desenvolvimento de uma moto elétrica em parceria com a marca chinesa Yadea para atender a entregadores de delivery no Brasil. A montadora chinesa inaugurou neste ano uma planta em Manaus. O modelo Keeness, montado no país, tem preço na casa dos R$ 29 mil.

O executivo disse ainda que a 99 vai oferecer, por meio de parcerias, linhas de crédito que somam R$ 6 bilhões para os motociclistas da plataforma com vistas à aquisição e ao aluguel de motos e bicicletas elétricas. A empresa já tem parcerias do tipo em mercados como México e Colômbia. 

Os movimentos do mercado privado tem sido observados de perto pelo governo e lavados em conta na elaboração da política pública, que ainda não tem data para ser anunciada.

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